terça-feira, 25 de setembro de 2012

O REI VAI NU?

Sabem aquela história d'O Rei Vai Nu? Uns costureiros burlões convenceram um rei vaidoso que lhe estavam a fazer um fato maravilhoso, de um tecido caríssimo, que só podia ser visto por pessoas inteligentes. O rei acabou a desfilar nu, mas cada um dos cortesãos e dos habitantes do país gabava o tecido maravilhoso, porque ninguém queria ser o primeiro a admitir que não via o tecido e que, portanto, era o único burro do reino. Apenas uma criança, na sua inocência e sinceridade acabou por se rir e dizer: o rei vai nu.
Pois, às vezes quando vejo espectáculos do Festival Materiais Diversos, apetece-me gritar O REI VAI NU.
...mas tenho medo que achem que sou a única burra que não entende nada do que está a ver...
(foi o que aconteceu no domingo com a segunda parte do espectáculo da tarde, Sofia Dias e Vitor Roriz, Fora de Qualquer Presente)

7 comentários:

Anónimo disse...

Até que enfim. Julgava que era só eu.

el che disse...

Um dia destes tem que se ver se a TvMinde faz um especial em que em alguns espectáculos filma não os ditos mas as caras e as reacções das pessoas durante os shows.

Zé Cueca disse...

E o burro sou eu!

Feridas disse...

Olha, o Zé Cueca há muito tempo que não aparecia!

wolfinho disse...

Pior que isso é os pesudo-intelectuais que afirmam ter precebido mas na realidade não preceberam nada de nada. . .

Tiago Guedes disse...

Olá pessoal. Sabemos que alguns espectáculos apresentados no FMD são mais herméticos, talvez com universos mais pessoais e por isso impressionantes. No caso da Sofia Dias e Vitor Roriz é isso que acontece, estes dois coreógrafos convocam a dança, o teatro, a voz e a imagem num espectáculo sem hierarquias artísticas que, a meu ver, é do mais pertinente que se anda a fazer em dança ( atesta os inumeros prémios e tournées que estes dois estão a fazer em todo o mundo! ). No entanto e por sabermos que alguns espectáculos precisam de enquadramento mais específico temos um cuidado extremo nos textos escolhidos para as folhas de sala, nas conversas pós espectáculo e nos piqueniques do dia seguinte de forma a que o público possa entrar neste universos por vários lados e através de diferentes meios que não só o assistir ao espectáculo.O feed back que temos é que ao longo dos anos estas conversas e actividades paralelas aos espectáculos tem ajudado em muito à entrada nestas novas formas artísticas. Sei também que já se assistiu nesta edição a outros espectáculos que agradaram sobremaneira, Dulce e 3 Solos em 1 Tempo da coreógrafa Denise Stutz. Que tal um post fixe para equilibrar as coisas? Abraços!

Anónimo disse...

aaaaaahhhh. Assim já percebo.