quinta-feira, 31 de março de 2011

Paracópios

Já me tinham cantado os parabéns em inglês, francês, alemão, chinês, japonês, moldavo, ucraniano, criolo, tailandês(este foi a Feridas no ano passado!), e até em botswanês, mas em minderico é a primeira vez.

É o que dá ter amigas linguísticas...

Então é assim:

Paracópios pra ti
Neste planeta tão cópio
Um podê de fredericos
Um podê de planetas anchos

Este planeta d’ arraial da do andré
Garganteiam as nossas beatas do tróia
Pr’ a carranchana Calos
Batam as gâmbias terrantezmente

PARABÉNS CALOS!


À MINHA QUERIDÍSSIMA AMIGA,

VOTOS DE UM DIA PERFEITO (NO MEIO DE IMENSA SOPA DA PEDRA)

E UM ANO FANTÁSTICO, ILUSTRADO PELOS MELHORES.

terça-feira, 29 de março de 2011

TEMPO


O TEMPO PERGUNTOU AO TEMPO QUANTO TEMPO O TEMPO TEM...

O tempo é uma coisa tramada!

Não me digam que é ininterrupto, que deslisa sempre igual, que todos os minutos são do mesmo tamanho, que isso não é verdade. Lembro-me de quanto durava uma hora de aula de filosofia. Durava para sempre. Penso em quanto tempo passaram os 14 anos de vida do meu filho, nuns segundos...

E o tempo também não é igual para toda a gente. Há gente para quem uma hora dá para organizar um banquete. Para outros toda uma tarde não chega para uma pequena tarefa simples. A explicação não pode ser outra senão: há pessoas para quem o tempo estica, para outras o tempo encolhe.

Há quem consiga meter o Rossio na rua da Betesga, outros não conseguem meter um grão de arroz num barril.

Há tempo muito mal aproveitado, há tempo que nos escorre entre os dedos sem darmos por isso. Há tempos que são preciosos, que poderiam durar para sempre, mas são geralmente os mais mais curtos.

Aflige-me quem nunca tem tempo para nada. Aflige-me quem nunca tem um bocadinho de tempo para dar aos outros, quem quer seu tempo todo para si. Afligem-me os avarentos do tempo e também os ladrões do tempo dos outros, por exemplo aqueles que me telefonam a dizer que ganhei um prémio ou têm uma enorme promoção para mim e não param nem para respirar no final das frases para não me darem oportunidade de lhes dar um seco "não estou interessada, obrigada e boa tarde".

O TEMPO PERGUNTOU AO TEMPO...

domingo, 27 de março de 2011

Erva da nossa infância que não era para fumar...

Hoje foi um dia longo. Talvez porque dormi pouco, talvez porque não devia ter bebido “aquela” última mini ou talvez porque eu adoro Segundas-feiras e anseio pela sua chegada. Foi um dia tão longo que, ao fim da tarde, ainda deu tempo para arrancar umas ervas no jardim e pôr na terra uns pezinhos de hortícolas que comprei ontem no mercado. Encantada com o rebentar da Primavera em cada ramo de árvore, lembrei-me das ervas e flores de Verão da nossa infância e das brincadeiras que nos proporcionavam. Na falta de Playstations 3 e de Nintendos 3DS até as flores e ervas serviam para nos divertirmos. E não era a fumá-las. Não! Nada disso! Era, por exemplo, a tentar adivinhar a cor de uma papoila com o clássico “Galo, galinha ou pintainho?” e fazer das mesmas pequenas bonecas de vestido vermelho e cabelo em pé. Era chupar azedas como se não houvesse amanhã (parece que ainda tenho na boca o sabor amargo daquele sumo e a ligeira dureza do fino caule…).Era percorrer, com a mão fechada, aquelas ervas dos picos para ficar com eles todos entre os dedos e depois projectá-los, com pontaria, para as camisolas dos amigos. Estas ervas dos picos, quando verdes, também faziam uns apitos fantásticos. Tínhamos ainda o cliché do “bem-me-quer” e “mal-me-quer” e a flor pom-pom que pedia que a soprássemos… Eram brincadeiras simples, puras e inocentes. Alguém se lembra de mais?



sábado, 26 de março de 2011

Zakka é coisa de gaja mas é obrigatório saber o que é.


Um frasco antigo de vidro, que outrora acomodou um charmoso vinagre italiano, transforma-se num vaso de flores, tingida e solitária.
Um cesto de palha, forrado com um tecido de algodão xadrez, alberga agora novelos de lã coloridos e fofinhos.
Um alfineteiro de linho com bordados simples e ingénuos acompanha um conjunto de acessórios de costura vintage: tesoura para cortar linha, dedais, carretéis de madeira… um ferro a carvão (este é a glória e deve ter lugar de destaque na estante!).
Todas estas “situações” têm algo de Zakka.
Zakka é mais difícil de explicar do que de reconhecer ou sentir.
Mas começando pelo principio: Zakka é uma palavra que deriva do japonês (zak-ka) e que significa “muitas coisas”, que, convenhamos, não quer dizer nada.
Consultando uma fonte segura, o Google, Zakka pode ser traduzido como “artigos em geral” ou, melhor ainda, “miudezas” e o termo também se aplica a alimentos.
O universo Zakka vê nas pequenas coisas e detalhes do dia-a-dia algo esteticamente nobre e elevou muitos objectos aparentemente banais e sem valor ao patamar de objecto de desejo. (Como eu percebo!...)
Se tens uma avó com tendências acumuladoras e se ela tem uma salinha cheia de bugigangas antigas e sugestivas, atenção! , podes ter uma fonte inesgotável de artigos zakka em potencia à espera de ser reutilizados e transformados. Parece que, nos dias de hoje, há mesmo muito boa gentinha a pagar muito bem pelas tralhas da avozinha.


Zakka é, de certa forma, uma tendência, uma moda, e tornou-se mesmo num estilo de vida bem definido. Existem algumas características comuns: a luz, tudo é geralmente muito claro, iluminado, meio impressionista; ênfase nos pequenos objectos garimpados com olho clínico, de preferência artigos vintage europeus, mas com uma tendência especial pelo vintage nórdico; o reaproveitamento de objectos; as cores predominantes são os pastéis e os tons de terra; muita madeira clara, muita palha, os tecidos são de algodão, tudo natural; é difícil encontrar algum móvel ou objecto que remeta à ideia de industrial; o desprezo pela ostentação (não há nada imponente, nada dourado, cadeiras de encosto alto, tecidos exuberantes e brilhantes); há um desleixo calculado, um ar de usado e gasto, um arranhão na parede aqui, uma quina de mesa lascada ali, uma cómoda a pedir pintura, uma toalha de mesa por engomar, tudo para garantir aquele visual naïf, demodê-chic e dar um aspecto de casa confortável, onde as pessoas realmente vivem.
Enfim, acho que não consigo explicar bem, por isso o melhor é fazer uma pesquisazita porque é tudo lindo…
Além disso é mesmo coisa de gaja, e se é de gaja nós temos de saber…

terça-feira, 22 de março de 2011

FOSTE A PRIMEIRA MAS NÃO VALEU...

Porque não era esse o comentário da aposta. Este é que era, mas em versão light, para não ferir susceptibilidades:
Foste da turma dos seminaristas no CEF? Eu fui.
Mas bós bindes ou num bindes? Se num bindes dizei. Bai tar aqui um gajo todá vida à ispera. Ide-bos f...

A Parede...



Há bocadinho, quando cheguei a casa, reparei que tenho uma parede que me lembra qualquer coisa. Não me consigo é lembrar o quê...
(Feridas, quem foi a primeira, quem foi?)

segunda-feira, 21 de março de 2011

POESIA

A ADOLESCÊNCIA E A PRIMAVERA
É Primavera e eu sou adolescente.
Os coelhinhos saltitam, os pardalitos saltitam, as hormonas saltitam.
As flores desabrocham, as árvores desabrocham, as borbulhas desabrocham.
Aqui e ali nascem ervinhas nos prados, no meu quixo e no meu bigode também nascem pelinhos, aqui e ali.
Os passarinhos fazem os ninhos nas árvores, alguns também fazem nas minhas rastas.
Por todo o lado se ouvem aves cantando hinos à natureza, eu também canto, mas todos tapam os ouvidos porque estou a meter a voz dentro do pote.
O amor está no ar, birds do it, bees do it, eu também gostava, mas não me tenho safado muito bem...
As flores lançam nuvens de polen no ar... que me faz espirrar e torna o meu nariz ainda maior, agora é que miúda nenhuma vai olhar para mim...
Toda a natureza resnasce em todo o seu explendor, eu também renasço de vez em quando, mas fico muito encavacado...
Que linda que é a Primavera!
Que parva que é a adolescência!

Mensagem oficial a Roger Waters

Querido Rogério como estás? Tudo pronto? Tudo a postos? Fizeste a barba e cortaste as unhas?
Olha, não precisas ter pressa porque eu e a Feridas só vamos para Lisboa lá pelas 17:00h e talvez dar um girinho pela ZARA do Vasco da Gama…mas podemos combinar tipo…às 7 horas para bebermos uma antes do concerto e comeres um maravilhoso bife à cervejeira. Hã? Que tal? Entretanto, se não der…tudo bem. Vemo-nos no concerto. Eu sou aquela de braços no ar, de lenço preto, que vai estar sem fumar o tempo todo, e sem ninguém á minha volta (porque vou estar a cartar…Capiche?) a Feridas vai de calças de ganga…e tem um rímel novo que comprou para estrear hoje.
Vai ser fácil. Vais ver!
No final do concerto combinamos no sítio do costume para fazermos aquilo que fazemos sempre, mas desta vez…melhor, porque é em Lisboa e não em Londres ou Nova York.

PS - Já viste que bem que ficáste na foto? Vês! Quem sabe, quem é?...

PRIMAVERA!!!


FINALMENTE...

sexta-feira, 18 de março de 2011

EMBONDEIROS

Desde sempre tive uma relação especial com embondeiros.
O meu pai foi à guerra do ultramar. Ele sempre me falou de África, mas nunca da guerra em si. Quando lhe pergunto acerca da própria guerra, as respostas são evasivas. Nunca percebi se passou, de facto uma guerra “santa”, sem muito a assinalar, ou se, simplesmente, não quer falar do assunto.
Do que o meu pai fala é dos animais, da vegetação, dos amigos militares, do picante da comida, das rações de combate (atum com ciclistas. Sabem o que são os ciclistas? Feijão frade. Em casa dos meus pais o feijão frade sempre se chamou ciclistas, por causa das recordações de Angola).
Das coisas que o meu pai melhor me descreveu foram os embondeiros. Árvores gigantescas, estranhas, com folhagem rala para o tamanho da árvore e com uns frutos bizarros, que, nas palavras do meu pai, parecem gatos pendurados pelo rabo.
Mais tarde tornei a cruzar-me com embondeiros n’ “O Principezinho”.

Uma tarefas matinais do Principezinho, além de limpar os vulcões, era arrancar os embondeiros que iam nascendo no seu planeta, porque se se distraía eles cresciam demais e ocupavam todo o planeta. Toda a gente conhece esta ilustração do planeta do Principezinho abafado com embondeiros. Além disso conhecia a lenda africana do embondeiro: o embondeiro possuía uma sombra fantástica graças às suas abundantes e doces folhas, mas a árvore cometeu o erro de gabar a sua própria beleza, tornou-se vaidosa e sobranceira relativamente às outras árvores. Deus resolveu então castigar a sua vaidade, desenterrou-a, e voltou a plantá-la, mas de cabeça para baixo … e assim a deixou ficar até aos nossos dias.
Nesta imagem o embondeiro parece mesmo virado com as raizes para cima!
Pois o embondeiro sempre fez parte do meu imaginário, porque sempre sonhei com todas estas descrições, mas nunca tinha visto nenhum.
Vi pela primeira vez embondeiros no Senegal e fiquei fascinada com a árvore. Foi como encontrar um velho amigo.
Aqui ficam uma foto de um embondeiro fantástico. O pontinho à frente do tronco sou eu, que estou na fotografia para dar escala.

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

DIREITO DE RESPOSTA

…”um país de cabrões e filhos da puta nunca dará certo.”

Publicado hoje na nossa caixa de comentários.

Querido anónimo, desculpa, mas discordo que sejamos um povo de cabrões e filhos da puta. Não é verdade, não somos. Temos chicosespertos, temos trafulhas, mas também temos gente decente, trabalhadora e honesta. Não podemos deixar que as árvores nos tapem a floresta. Acerca do que fizemos nas antigas colónias, não posso falar muito, nem quero, não tenho conhecimentos que me permitam arrotar postas de pescada.
Mas posso contar-te o que já vi.
Estive na ilha do Fogo, Cabo Verde. Um sítio tão remoto que lá é fácil esquecer que o resto do mundo existe. A capital é S. Filipe, uma cidade minúscula, mas que respira Portugal. As casas parecem algarvias, as ruas são calcetadas, o centro é como uma pequena vila portuguesa. Onde tenho estado que sejam ex-colónias portuguesas sempre vejo uma preocupação de deixar construções, infraestruturas que beneficiassem o local, pontes, barragens, estradas, até fortificações em Marrocos.
Por outro lado, estive em Dakar, capital do Senegal e até há pouco tempo território francês. Sabes que testemunho lá havia da administração francesa? Zero.
Zero, zero, zero.
Nem um edifício, nem uma rua pavimentada ao menos no centro da cidade, nada.
Dá que pensar...

terça-feira, 15 de março de 2011

PRECISA-SE DE MATÉRIA PRIMA PARA CONSTRIR UM PAÍS

Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como
Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que
foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre
valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais
apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos
demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão
ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos
passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras
particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo
o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para
eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda
a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas
atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os
esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços
caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os
nossos jovens dizem que é muito chato ter que ler') e não há
consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para
aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar
a classe média e beneficiar alguns.
- Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com
uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro,
enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o
lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e
não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos
sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor
me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de
trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como
português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que
confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta
muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa
desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se
converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade
humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é
real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o
suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas
enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar
primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve
Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a
força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a
surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os
lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente
estancados... igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone
começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam
um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o
responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de
desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. Aí ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa?... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

Ontem mandam-me isto. Não é meu hábito publicar coisas que me mandam, nem estou muito crente na autoria da coisa (parece-me que não seria o tipo de escrita do EPC, não está suficientemente bem escrito para ser dele), mas publico-o porque concordo com TUDO. É por isso que pago os meu impostos escrupulosamente e ensino aos meus filhos que não se pede "escalão A" para não pagar as senhas de almoço na escola se não precisarmos efectivamente desse apoio, entre outras coisas...

By Benjamin Lacombe...lindo de morrer...

Vejam isto e digam-me lá se não há pessoas que deviam ser canonizadas pelas maravilhas que fazem...

segunda-feira, 14 de março de 2011

DE REGRESSO

Ora cá estou eu eutra vez, de regresso de férias e cheia de vontade de voltar ao trabalho (já, com certeza, ouviram dizer que uma mentira repetida muitas vezes se converte em verdade...pois, estou a tentar a ver se resulta: estou cheia de vontade de voltar ao trabalho, estou cheia de vontade de voltar ao trabalho, estou cheia de von...)
Mas estou espantada, uma pessoa não pode ir descançar um bocadito que quando volta está tudo desarrumado, aconteceram coisas no mundo que nem nos demos conta. Vocês não podiam ter ficado a tomar conta disto por uma semaninha? Viro as costas por uns dias e quando volto é tsunamis no Japão com 10.000 desaparecidos, é gente à rasca a manifestar-se em todo o lado... bolas! Não há quem tenha mão nisto!
Pois, começando pelo principio, arrepiantes as imagens vindas do Japão! Também não se esperava outra coisa da parte dos japoneses senão que houvesse quem filmasse tudo, com boa definição e sem se ouvirem comentários assustados no videoamador. Os japoneses não brincam em serviço, até tomam duche com a máquina fotográfica ao pescoço. Estás em Paris e não encontras a Torre Eiffel? Segue o japonês.
Agora a sério, estas tragédias transtornam-me, pensar no desespero das pessoas a ver as casas, as cidades, os vizinhos a irem pela agua abaixo... é brutal.
E não consigo imaginar o que será o cenário daquelas terras depois da água baixar, casas, carros, pontes, estradas, corpos, toda a espécie de tralha que a água arrastou, é demoníaco...
E os tipos à rasca?
Ora bolas, lá perdi outra vez uma manif destas fixes, com minis e a gritar palavras de ordem, que a malta passou a vida a ouvir os pais falar do 25 de Abril e nunca teve oportunidades para experimentar a cena da revolução.
já da outra vez que andaram a mostrar o cu ao ministro me escapou..., bolas, não acerto uma...

sábado, 12 de março de 2011

CÁ VAI O RESTO...








Aqui vão o resto das fotografias que, por motivos de ordem técnica, não puderam seguir no outro dia e mais algumas, só para fazer inveja.
Os Teletubies andavam por lá, todos contentes e mais algumas personagens engraçadas, como o Buzz Lightyear, o Superhomem, o Batman, várias bananas...

Meninices...


Ela manda-me arrumar a casa como mais ninguém faz...
ela diz-me como educar os meus filhos...
ela dá sempre a sua sábia opinião, mesmo que ninguém lha peça...
ela ralha...sugere...
ela diz que a minha casa deveria ter um estendal como deve ser...
ela detesta a desarrumação do meu carro...
ela é das pessoas mais sábias e sensatas que conheço...
é a minha mãe e eu adoro-a exactamente como é.

Ela descobriu a arte de moldar o barro, há meia duzia de anos, e agora tem um site.
Passem por lá...

http://www.meninices.com/

quinta-feira, 10 de março de 2011





Finalmente as fotos! Não tem sido fácil conseguir acesso à internet, não é falta de cuidado meu em manter-vos actualizados, é que tem sido mesmo complicado.
Cá vão:
A estância onde estamos vista de cima (o pior é regressar cá abaixo… mentira, nós estamos prós, já tratamos as pistas vermelhas por tu!); uma rosa congelada num cubo de gelo no hotel de gelo que há aqui e uma escultura de gelo na parede do mesmo hotel; eu, maravilhosa e um dos rebentos em alto estilo.
O pior é que o rebento mais velho se magoou num pulso ontem e acabou-se o snowboard para ele este ano. Mas não é nada de grave.
Beijinhos e saudades!

terça-feira, 8 de março de 2011

E para todas as mulheres...

...fiquem com a Princesa dos corvos da maravilhosa ilustradora Nicolleta Ceccoli porque, no fundo, somos todas umas princesas.

SÓ MAIS UMA COISITA...

Hoje, dia da mulher, um grande beijo para todas vocês mulheres que tornam este mundo um local maravilhoso!

CALITOS DE MI CORAÇON

Pues que estabam guapissimos!
Por acá estamo bien, mucha nieve, mucho sol, muchas nodoas negras. Manana te enviare unas fotos.
Estive um cadito roídita ontánote a pensar em vocês, mas já passou... já só falta um ano para o próximo Carnaval! (e amanhã vocês vão tabalhar e eu não...)
Tenho-vos a dizer que estou pro no ski, hoje só caí 3 vezes a sair das cadeiras!
Estão cá tantos portugueses como mindricos na Nazaré no mês de Agosto, mas o tempo está fantástico e os miúdos estão a divertir-se à grande.
Já não tenho mais assunto pra falar, lembranças desta que tanto vos quer
Feridas

E o prémio é...5 frangos no Vedor.

Aqui estão os meus carnavais:

Um cozinheiro e um apicultor feitos com materiais reciclados.
A roupa do cozinheiro é feita com sacas de feijão com botões de rolha de cortiça.
O apicultor é feito de rede e as abelhas de rolhas de cortiça.


Esta é a Brigada da Cucaracha. Grandes vencedores do 1º prémio do Baile de Carnaval do Ano de 1971. Uma viagem á Madeira? Não!!! O prémio são 5 frangos do Vedor Take Away. Mas, com ou sem frangos, o importante é o que nos divertimos a cantar, a tocar e a dançar a Cucaracha e o Lo Padre de lo Niño. O carnaval é uma festa e a vida são 2 dias. Portanto o melhor é mesmo aproveitar ao máximo.

domingo, 6 de março de 2011

Lá Cucaracha...

Enquanto umas e outras andam lá aos trambolhões na neve...por cá dança-se a Cucaracha.

"La Cucaracha La Cucaracha
Que no puede cãminar
Por que le falta
Por que le falta
Marijuana p'rá fumar"


Brevemente a foto.

sexta-feira, 4 de março de 2011

VOU ALI A ANDORRA ESQUIAR UM BOCADINHO, VOLTO JÁ...



Este ano as minhas criações carnavalescas resumiram-se a esta guitarra electrica para um dos miúdos se vestir de membro de banda rock, com os amigos. É toda feita de material reciclado, como mandam as regras deste ano. É feita de cartão duro pintado. Os botões são tampas de pacotes de sumo, os parafusos das cordas são rodelas de rolha e espetos de madeira (daqueles das espetadas de peru) e as cordas são de linha de crochet. A alsa é um porta chaves de publicidade, de pendurar ao pescoço. Não se vê bem na foto, mas tem um travessão a segurar as cordas que é feito de plástico pratedo do interior de um pacote de batas fritas.

quinta-feira, 3 de março de 2011

P'rá neve...mal empregada!

Isto em mim é absolutamente inédito. Estamos a 2 ou 3 dias do Carnaval e eu ainda não iniciei as minhas costuras, ainda não há protótipos de fatos espalhados pela casa, o pessoal cá em casa ainda não está farto de carnavais quando este ainda não começou. Porquê? Porque este ano estou desmotivada. Porquê? Porque a minha amiga Feridas e grande, mas mesmo grande companheira de Carnavais (e não só!) não vai cá estar e não nos vamos divertir juntas a fazer fatos para nós e para toda a família. Sim! Estou amuada, triste e desmoralizada.
Diz que vai p’rá neve…mal empregada! Onde ela foi criada!...A fina!...P’rá neve! E para ir mandar umas cambalhotas abaixo dos skys fico eu aqui assim…sem ela.

Quem está com sorte são as crianças porque tenho mais tempo para fazer fatos de profissões com materiais reciclados como cozinheiro ou apicultor, por exemplo. Já hoje fiz dezenas de abelhas de rolhas de cortiça. Depois mostro as fotos…

quarta-feira, 2 de março de 2011

MENINAS

Fui sempre uma boa menina. Nunca fiz disparates de maior, fiz sempre o que me mandavam, obedeci aos meus pais...
Quem me conhece deve estar a rir-se... pois se era (e às vezes ainda sou) o espelho da loucura e da rebeldia... mas era só por fora. Por dentro sofria quando desiludia os meus pais, escolhi o curso que sabia que mais lhes agradava (apesar de nunca mo terem pedido). Apanhei só as bebedeiras suficientes, fui expulsa de aulas só 2 ou 3 vezes, que me lembre, fumei os charros suficientes para saber que aquilo não era para mim, namorei, casei e tive filhos tudo dentro do devido tempo e com a decência protocolar.
E não me arrependo. Nem das que fiz, nem das que não fiz. Correu bem. Podia ter corrido mal. Para alguns correu, (basta um soprozinho de azar para as coisas se estragarem todas), mas comigo correu bem.
Não me estou a tentar vender, estou só a comparar-me com as adolescentes e pré adolescentes de hoje. As meninas. Os rapazes parecem-me mais ou menos iguais. Mas as meninas não...
Hoje é tudo tão diferente que me assombra.
Assombra-me que as meninas já não se conduzam pelos mesmos padrões de comportamento de há tão pouco tempo. E digo isto sem quaisquer rebates de moralismo, machismo ou outros ismos do género... estou só a constatar factos que observo.
As meninas hoje já não se importam de ser postas fora da sala de aulas, de dizer palavrões dos mais cabeludos com a boca ou com o resto do corpo, de sair seja com quem for e para onde for, sem se importarem com o que pensem ou não delas ...
Ah, que é a igualdade dos sexos e a libertação feminina!
Uma poucachinha de merda!... Porque é que a libertação se faz baixando o nível? Porque é que não foram os rapazes a passar a ser melhor educados e não as meninas a piorar o comportamento?
O que é que elas têm de melhor, são mais, fazem com outra liberdade, com este tipo de atitudes?
Não entendo, não entendo...
Parece-me que ninguém ganha com isto...
Mas isto sou eu, que me dá às vezes ataques de botadealastiquice...