sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Grécia

Há uns dias que ando por terras helénicas. Atravessei todo um mar mediterrâneo e constatei que, tal como nós, um passado glorioso não é sinônimo de prosperidade no presente. Mas não nos comparem com os gregos! Never! Jamais! Não temos nada a ver com esta malta. Somos muito mais sérios, mais asseados, mais educados, mais civizados, mais bem vestidos, mais bonitos. Temos muito em comum para além da crise, como o azeite, o peixe, o vinho, mas somos outro mundo...tudo para melhor! Não temos uma Acrópole nem um Parthenon mas, diabos me carreguem se a nossa Lisboa não dá um bailinho a Atenas. Tenho para mim que temos a capital mais bonita do mundo...

Quanto mais conheço o mundo mais amo o meu país...

Acrópole | Parthenon (Atenas)
Ilha de Ydra

Delphi

domingo, 14 de dezembro de 2014

O Natal da bruxa Magali...com uma dor ali!

Três actuações depois, o balanço é maravilhoso. Adoramos cada detalhe do nosso amadorismo e da forma espontânea e engraçada como resolvemos pequenos stresses em palco. ;-)
Quando as crianças choram com medo da bruxa, quando a música nunca mais começa e nós temos de "encher chouriços", quando os microfones falham, quando a corda se enrola e fazem cair chapéus, quando a chave de esferovite se parte a meio da cena...
É tudo normal e remediável.
Afinal... não será a vida um palco cheio de imprevistos?!...
Os nossos mini-actores revelam-se, a cada dia.
Divertimo-nos muitooooooo, nós e eles!














Vamos embora, venham lá vocês também também!
É tão divertido o natal quando tudo acaba bem!...
Feliz Natal!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sim, o texto é meu!...

Nesta edição do Jornal de Minde vem um artigo de opinião sobre a Escola de Minde e a tendencia infelizmente crescente de os meninos de Minde irem estudar para Fátima. O artigo não menciona o seu autor por lapso da redacção do Jornal, mas não é minha intenção ter qualquer anonimato. Não escondo a minha opinião nem tenho qualquer pudor em a assumir.
Aliás, como toda a gente sabe, as opiniões são como as vaginas...(...)

Aqui fica o artigo:


A Escola da vizinha é melhor que a minha


Tenho andado com um assunto debaixo da língua há que tempos e hoje a divulgação das médias dos exames nacionais das escolas de Portugal deu-me o mote e o entusiasmo para o trazer à baila.

Há uns anos a esta parte temos assistido a um fluxo crescente de crianças que abandonam a escola de Minde para ir estudar para os colégios de Fátima. Neste momento a Escola de Minde só tem uma turma de cada ano, ou seja 5 turmas. Na escola de Minde o meu filho mais velho frequenta o 8º ano e o meu filho do meio entrou, este ano, para o 5º. Na turma dele os alunos de Minde são pouquíssimos e valeram-nos os alunos da Serra de Santo António, Moitas e Casais para conseguir número suficiente para formar uma turma.

Acredito que todos os pais procuram o melhor para os seus filhos e tentam dar-lhes as melhores bases para que venham a ter mais facilidade e sucesso no seu percurso académico mas, sinceramente, não vejo qualquer motivação para os pais optarem por ter os filhos a estudar nos colégios de Fátima. Sabem porquê? Porque Minde tem ficado sempre, nos últimos anos, na frente dos colégios de Fátima no ranking dos exames nacionais do 9º ano, e este ano não foi excepção. A média dos exames do 9º ano, revelada hoje pelo Ministério de Educação, coloca, mais uma vez, a Escola de Minde numa posição de destaque em relação aos 3 colégios.

Acontece que ter os filhos a estudar num colégio de Fátima é moda. Os pais sentem que estão a zelar melhor pelo seu futuro, e quando os vêm apanhar a carrinha, de madrugada, reconfortam-se com a ideia que eles no colégio estão em segurança, entregues aos melhores professores e que lhes vão ser ensinados os melhores valores.

Bem…quanto à qualidade do ensino, perante factos não são necessários argumentos. Quanto à disciplina e valores, muitos dos pais que agora põe os filhos em Fátima, já por lá passaram e sabem certamente que as grades de um colégio ou um porteiro carrancudo não são impedimento perante a vontade de um jovem adolescente.

Eu estudei em Fátima, no Colégio do Sagrado Coração de Maria. Adorei. Amei o colégio. Recordo aqueles anos com carinho e ainda hoje guardo no meu coração as amizades que lá fiz e que felizmente mantenho até hoje.

Mas não duvido que as 2 horas por dia que gastei no transporte, 10 horas por semana, cerca de 380 por ano lectivo, talvez tivessem servido para aprender a tocar um instrumento, ou a falar melhor uma língua estrangeira, ou simplesmente não fazer nada.

Eu prefiro ter os meus filhos por perto, enquanto posso.

Claro que por os meus filhos a estudar no colégio onde andei foi uma ideia que me passou pela cabeça, mas ao contrário de muitos, eu não vou por modas. Prefiro analisar os factos. Sentei-me ao computador e pesquisei resultados dos exames nacionais do 9º ano, que são como o algodão: não enganam. Senti orgulho na nossa escola, vaidade mesmo! Tão pequena e acolhedora, mas ainda assim, tão grande em resultados.

A continuar esta tendência é provável que o tão profetizado fecho da escola de Minde aconteça e a culpa não será do Ministério da Educação, nem da Câmara ou de qualquer outro organismo público, será dos Mindericos, ou talvez sejamos salvos pelas crianças de fora de Minde, cujos pais já perceberam a excelência da nossa escola.

Perdoem-me a sinceridade, meus amigos, mas esta é a minha opinião, e vale o que vale. 


Posição no Ranking geral 2014 *
Média exames 2014
Média exames 2013
Média exames 2012

Escola Básica de Minde
206
3,09
2,64
3,38

Colégio do Sagrado Coração de Maria
382
3,02
2,49
2,84

Colégio de São Miguel
500
2,93
2,73
3,09

Centro de Estudos de Fátima
581
2,89
2,38
2,82




Exames nacionais 9º ano










* Num total de 1259 escolas

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

COWSPIRACY

Este fim de semana vi o documentário "Cowspiracy".


Fiquei completamente transtornada com as informações que transmite.
Resumindo: a maior causa da poluição mundial é a criação de gado para consumo humano. Mas em números impressionantes, que nos deixam de boca aberta.
Todos os que têm preocupações ecológicas e que habitualmente separam e reciclam os lixos, apagam as luzes, fecham as torneiras, tomam duches rápidos em vez de banhos de imersão, tentam reduzir a sua pegada ecológica, devem ver e pensar sobre estes factos: um simples hamburguer precisa de 2.500 litros de água para ser produzido!
A poluição resultante da criação de gado é muitíssimo superior à poluição causada por toda a industria dos transportes (ou seja, por todos os carros, aviões e barcos do mundo). A produção de gado é responsável pelo consumo de 80% da água potável a nível mundial.
Se toda a comida (produtos de origem vegetal) consumida anualmente pelas vacas fosse consumida por humanos, acabava a fome no mundo.
A floresta tropical está a ser destruída à razão de um hectare por segundo (um campo de futebol por segundo) para criar pastos para gado. A criação de gado é responsável por 91% da destruição da selva amazónica, o pulmão do planeta.
Os números falam por si:
Para produzir um litro de leite são precisos mil litros de água - o equivalente a dois meses de duches.
Para produzir meio kg de bifes são precisos 9500 litros de água.
Nos EUA 5% do consumo de água corresponde ao consumo doméstico, 55% corresponde ao consumo para produção animal.
Da produção animal, só nos EUA, resultam 3.500 milhões de kg de excrementos por minuto.
O gás metano e outros gases poluentes libertado por estes excrementos são responsáveis por 51% do efeito de estufa.
A criação de gado ocupa 45% de toda a área da terra.
A criação de gado é a principal responsável por extinção de espécies animais, zonas mortas dos mares e alteração de habitats.
Por cada kg de peixe que se pesca e serve para consumo humano, 5 kg de peixes e outras espécies marinhas que não se comem são apanhados na redes de pesca e mortos.
Todos os anos cerca de 650.000 baleias, golfinhos e focas são mortos por barcos de pesca.
Enfim, é um quadro muito negro.
E o mais grave é que as organizações ambientais parecem estar a assobiar para o ar, relativamente a esta tragédia. Até se recusam a falar sobre o assunto.
Em minha casa, este fim de semana, tomámos uma decisão: não vamos passar a ser vegan, não queremos ser fundamentalistas e não dispensamos uma entremeada grelhada nem uma morcela, mas vamos reduzir o consumo de carne e outros produtos de origem animal.
De tempos a tempos, vou por aqui receitas e dicas para quem quiser fazer como nós.
O que mais aconselho, é que vejam o documentário e tirem as vossas conclusões.