terça-feira, 30 de novembro de 2010

-Menina, que polos conhece?
- Conheço o Polo Norte, o Polo Sul e o Polilon.
- Polilon?
- Ai, que o senhor professor não sabe!... Polilon são os fechos de correr que a mamã usa. A mamã e as outras senhoras!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ÚLTIMA HORA!

O Wikileaks reveou ontem o conteudo de inúmeros telegramas secretos dirigidos das embaixadas americanas espanhadas pelo mundo para o governo americano, obedecendo a ordens de Hillary Clinton para que os embaixadores americanos mantivessem os principais lideres mundiais debaixo de olho.
Feridas e Calos teve aceso a alguns desses telegramas. Passamos a revelar o seu conteúdo:
Da embaixada americana em França:
"Primeira dama continua boa stop saia curta e sexy no jantar oficial ontem stop nosso embaixador não conseguiu desviar olhos e foi alvo de calduço por parte presidente francês stop"
Da embaixada americana em Itália:
"Presidente Berlusconi enfrascou-se de novo ontem jantar stop saiu palácio presidencial acompanhado duas loiras vistosas stop encontrado esta madrugada a cantar a Traviata em cuecas dentro Fontana di Trevi stop"
Da embaixada americana em Portugal:
"Primeiro ministro já tem mais uma licenciatura e dois mestrados stop licenciatura em veterinária tirada dia Natal 1988 stop não se preocupem problemas segurança próxima cimeira Nato, tanques já chegaram stop"

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CONVERSAS DE RAPARIGAS - III


Olha fiz à francesa, mas com a risca em preto. Eu por acaso também gosto à francesa, mas as minhas não dão, lascam muito. Não pões endurecedor? Não mas tenho uma base fantástica. Já experimentaste fazer no shopping? Não, eu vou sempre à Lili. Ah, eu costumo ir à Janaína. Agora pus gelinho, fica muito giro, não é tão grosso como o gel e não precisa de manutenção. E já experimentaste aqueles autocolantes para fazer à francesa? Não, autocolantes só tenho posto dos brilhantes. Usas Risque? Não, eu é tudo do chinês.

Oi?
Desculpem, estão a falar de quê?
(Não é de sexo, pois não?)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O COMBOIO DA MIRA



Mais um mito urbano…
Não sei de onde veio a ideia de que existia um comboio na Mira, mas que era largamente divulgado, era…
No comboio da Mira, reservado a homens, quem quisesse podia entrar e sair livremente. Não se pagava bilhete, era um sistema de troca directa.
O número de estações e apeadeiros variava consoante o interesse dos passageiros.
Nunca ninguém me afirmou que lá tivesse andado, mas desconfiava-se de muita gente que fosse passageiro frequente, mesmo com milhas acumuladas, como nos aviões.
É curioso que nunca constou que o comboio fosse a nenhuma outra localidade além da Mira, mas suponho que vinha gente de outras terras de propósito para lá andar. E, diz a lenda, que quem se iniciava neste meio de transporte apreciava de tal maneira, que dificilmente optava por outro.
O comboio da Mira não apitava, mas, às vezes, resfolegava. O passageiro da última carruagem gritava frequentemente “Fecha a roda, fecha a roda…”
O comboio está ainda na moda e em franco desenvolvimento. Em Portugal estima-se mesmo que os utilizadores do comboio se multipliquem, ou não fosse o nosso governo um acérrimo defensor do TGV (que funciona como um comboio normal, mas muito mais rápido).
A mais recente publicidade da CP diz-nos: “Mude a sua vida!... Vá de comboio!”
Xiça! Vai tu…

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Marruas










Luís Pedro Ferreira Branco, mais conhecido por Marruas (terra natal de seu pai) era, nos anos 80 o verdadeiro terror das ruas de Minde. Este catraio conseguia ter uma imaginação sem concorrentes no que diz respeito a asneiras, travessuras e ruindades que pudessem, eventualmente ser concretizadas, fazendo com que, quando comparados consigo, os irmãos Barrabéus pareçam uns autênticos meninos de coro.

Marruas não era do estilo “chefe de gang”, não. Ele trabalhava sozinho. Até porque não era fácil alguém alinhar nas suas travessuras. Ele era o verdadeiro Huckleberry Finn minderico, e quando o Marruas aparecia, todos tremiam, pois nunca se sabia o que podia acontecer: poderiam levar tareia sem razão aparente, ficar sem aquela bola nova que a mãe lhes deu nos anos ou mesmo participar na melhor brincadeira da tarde. Ser amigo do Marruas era um estatuto e uma espécie de escudo protector intra-planetário. Eu própria cheguei a ser amiga do Marruas num período em que ele jogava á bola na praça 14 de Agosto, onde eu morava, com o seu habitual fato de treino azul escuro com riscas brancas (lembram-se?) mas essa amizade, de que eu muito me orgulhava, só durou até ao dia em que ele me resolveu “chamar nomes”. Foi a primeira vez, de muitas ao longo da vida, em que percebi como os homens podem ser insensíveis e ingratos.

O rol de disparates do Marruas é astucioso e variado. Ele corria pelos telhados do Alto Pina (Sim, pelos telhados!), qual Hulk minderico, partindo telhas e enlouquecendo as velhotas que saíam às portas a protestar; ele roubava a burra ao Zé Galdino e ia nela “cabrar” para a mata; ele fazia a vida negra ao Benjamim das beatas (lembram-se? Aquele que fumava beatas do chão?), entrava pela sua casa (casa ou casebre?) e fazia-lhe todo tipo de torturas. O Marruas tinha o chamado ”Mapa da Fruta”, onde descrevia a localização e as épocas da melhor oferta frutícola de Minde, com o intuito de a roubar, obviamente! Mas o disparate de oiro do Marruas talvez fosse mesmo o “Rebenta Galinhas” que não era uma brincadeira mas sim um acto de tortura e massacre. Esta atrocidade consistia em enfiar uma bomba de ar de bicicleta no ânus do animal e bombear até esta rebentar. (Ok. Vou dar um minuto para vocês se recomporem…Esta não é fácil.)

Era assim o Marruas.
Hoje é um pai extremoso e um marido exemplar. Parabéns Marruas e obrigado por apimentares a nossa infância.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

IT'S A SMALL WORLD


Portugal dos Pequenitos, Coimbra

GANHAR DINHEIRO - OUTRAS FORMAS


A verdade é que nos anos 80 nós fazíamos qualquer coisa para ganhar dinheiro…
Das “actividades recolectoras”, além da já mencionada macela, havia a apanha do papelão. O papelão vendia-se ao peso, ao Sarol, na Rua D. Nuno Alvares Pereira, ao pé das escadinhas do Alto Pina.
Mas estas eram sempre actividades eventuais, pouco regulares. Como os nossos pais não nos financiavam as férias nem os luxos, a maioria dos miúdos passava as férias a trabalhar.
Hoje é absolutamente impensável uma coisa destas, mas nessa altura não havia estabelecimento comercial, fábrica ou oficina que não tivesse um ou mais miúdos a passar as ferias. Até mesmo em actividades que nos parecem impossíveis de relacionar com crianças, como por exemplo a farmácia.
A minha amiga Celmira desde cedo passou ou Verões na farmácia, onde o sr. Rocha lhe dizia que, quando não tivesse mais nada para fazer, decorasse os nomes e os lugares dos medicamentos, meticulosamente arrumados nas prateleiras por ordem alfabética. E ela, coitadita, lá de punha de nariz no ar, a ler os nomes do medicamentos até os saber de cor.
O facto de apanhar com uma criança ao balcão da farmácia trazia alguns problemas aos clientes. Era o caso dos clientes do sexo masculino que iam comprar preservativos e que ficavam muito atrapalhados para dizer o que queriam: “Eu queria… bem,… o melhor é chamares o Sr. Rocha.”
Mas o fantasma que pairava sobre todos os rapazes, principalmente os que fossem cábulas na escola, era a serventia a pedreiros.
Quem por lá passou diz que os primeiros tempos eram duros, porque além do trabalho em si, que não era para meninos (literalmente) ainda tinham que aturar as piadinhas dos colegas de trabalho mais velhos que os praxavam com ordens como carregar uma pedra enorme para outros local onde ela não fazia falta nenhuma.
Por acaso acho que o trabalhinho nas férias não nos fazia mal nenhum, nunca nos caíram as mãozinhas e até dávamos mais valor à escola.
Mas se fosse hoje e a ASAE nos visse, metade dos empregadores de Minde iam presos por exploração do trabalho infantil.

domingo, 21 de novembro de 2010

Sabiam que...

"The Bible, Harry Potter and the Ikea catalogue are the 3 largest print publications in the world."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

GANHAR DINHEIRO - A MACELA DA MATA






Este cromo é dedicado às formas que usávamos para ganhar dinheiro nos idos de 1980.
Como as formas eram muitas e variadas vamos dividir isto por dois cromos.
Mas esta actividade, por original e largamente expandida, merece um cromo só para si: a apanha de macela na mata (ou “marcela”, como costumávamos dizer).
Bem chegava o Verão e os dias começavam a ser intermináveis por não haver escola, ranchos de putos invadiam a mata à apanha da macela, que posteriormente era vendida para ervanárias.
A macela vendia-se verde, a 45$00 o kilo, ou, para os que tinham a coisa mais profissionalizada e não se importavam de esperar para rentabilizar o investimento, a 300$00 seca.
Mas a variedade de venda em verde tinha mais adeptos, não só porque se via o dinheiro ao fim do dia de trabalho, mas porque permitia certas actividades mafiosas que não resultavam com a macela seca: refiro-me a acrescentar umas pedrinhas ao saco ou molhar a macela para aumentar o peso.
Os receptores da macela em Minde eram, segundo consegui apurar, a D. Maria Adelaide Morgadinha, a D. Maria dos Caracóis e o Zé Cândido e também uma senhora na Mira, que já faleceu.
Além dos que trabalhavam árdua e honestamente, havia depois os gangues que se dedicavam a actividades crimonosas paralelas. Refiro-me concretamente ao Marruas (que vai ter um cromo só para si) que esperava calmamente que os apanhadores voltassem da mata ao fim da tarde, lhes dava uma malha de porrada e lhes ficava com a macela para ir vender por sua conta. Eram tempos árduos para os trabalhadores, entre a falta de condições laborais e as máfias do crime organizado…
Resta só acrescentar que a actividade foi de tal maneira explorada que quase conseguiu extinguir a macela na mata. Como a macela deixou de nascer os miúdos deixaram de a apanhar e agora já vai aparecendo de novo. Mas quem procurasse macela na mata há dez anos atrás não encontraria nem uma bolinha.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

4-0

Uma vez sem exemplo vou falar de futebol.
Porque em relação ao futebol, só tenho uma coisa a dizer: sou contra.
Não gosto, pronto.
Mas hoje a coisa impõe-se, porque não só a televisão estava ligada enquanto eu estava a fazer outra coisa qualquer e fui ouvindo golos uns atrás dos outros, um, dois, três, quatro, mas depois ainda ouvi uns senhores a falarem sobre o jogo e sobre a candidatura ibérica à organização do campeonato do mundo de futebol.
Portanto, tenho três coisas dizer acerca do assunto:
1ª- O Cristiano Ronaldo é muito bom jogador e tal, tem umas pernocas jeitosas (que tem) e tem uma carinha de puto xarila que lhe dá um certo encanto. Mas fica-lhe mal, só porque um colega, tadito, fez um disparate e lhe estragou um golo, ficar agora o jogo todo a queixar-se, a dizer palavrões (que eu bem vi…) e a prender o burro.
2ª – Depois vi o senhor seleccionador de Espanha a dizer que, ah e tal, os jogadores dele perderam, não porque tivessem jogado mal e fossem completamente abafados pela selecção portuguesa, mas porque não estavam motivados. Que é como quem diz, nós quando é para o campeonato do mundo somos os maiores, mas assim, a feijões, não nos rebaixamos e não jogamos nada. Olha, meu amigo, só tenho uma palavra para ti: ALJUBARROTA!
3ª – Depois ouvi um senhor com um ar de ser muito importante a falar sobre as vantagens da candidatura ibérica à organização do campeonato do mundo. E dizia ele que as vantagens são imensas, temos boas acessibilidades aéreas (pois, aeroporto…não temos…), ferroviárias (ah, TGV… pois, também não temos…), unidades hoteleiras (Ah, isso temos, ufa…). Mas fico contente se ganharmos, assim sempre vamos dando uso aos estádios que se construíram da outra vez e que têm estado às moscas. Pois, mas o senhor continuou a dizer que afinal não temos campos de treino que cheguem.
Ora bolas, bem me parecia que não me safava sem me virem ao bolso buscar mais uns trocados para construírem qualquer coisa!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PADRE MESSIAS


Antes de qualquer outra consideração, queremos deixar aqui bem claro que o facto de o Padre Messias ser o primeiro cromo da nossa caderneta não quer dizer que pretendamos, de forma alguma, apelidar o Sr. Padre Messias de cromo, antes nutrimos por ele profunda admiração e respeito, não só pela sua provecta idade, mas pela pessoa que é, pela forma como sempre se dedicou aos mindericos e a Minde.
Os cromos que colamos na nossa caderneta, este e todos os que se seguirem, dizem respeito às recordações de infância e adolescência que em nós deixaram pessoas e situações. E da mesma forma todos os cromos que se seguirem.


E posto isto…
O Padre Messias foi durante quase toda a nossa vida “O Padre”. Não é estranho, porque até aos trinta e tal anos nunca nenhum de nós conheceu outro. É que acontece quando se é pároco de uma paróquia durante mais de cinquenta anos. Quer isto dizer que baptizou, deu a Primeira Comunhão, a Profissão de Fé, casou, baptizou os filhos e enterrou muita gente, assim, do principio até ao fim.
Apesar de ter sido uma pessoa polémica durante o seu presbitério (ena!...) o padre Messias é recordado por todos com carinho.
E o que é que recordamos do Padre Messias?
- que era uma pessoa sem pescoço, ou seja, tinha a cabeça redonda colada directamente nos ombros;
-Andava sempre de cabeção e casaco preto, a não ser nos passeios da catequese, em que vestia uma camisa de manga curta e todos nós estranhávamos.
- Tinha uma caligrafia muito bonita, com que preenchia os diplomas de Primeira Comunhão, Profissão de Fé e Crisma, mas ninguém a conseguia ler porque parecia uma página passada por um monge copista do século XIII;
- Tinha entoações tão próprias a dizer a missa, que quando íamos à missa noutra igreja nos parecia que aquilo não estava a ser bem dito;
- Tinha uma forma de confessar que toda a gente sabia de cor.
Gostaria de desenvolver um pouco esta ideia: meu filho (minha filha) a nossa confissão deve versar sobre três aspectos: nós e Deus, nós e os outros, nós e nós mesmos. Nós e Deus: tens faltado à missa? Tens faltado à catequese? Rezas todos os dias? Nós e os outros: tens aborrecidos os teus paizinhos? Tens estudado as tuas lições? Tens faltado ao respeito aos teus paizinhos, aos teus professores, à tua catequista? Tens sido amigo dos teus colegas lá na escola? Nós e nós mesmo: tens sido preguiçoso? Andas aprumado? Tens tido outros comportamentos… enfim… menos próprios de um bom cristão? (nesta parte eu nunca sabia bem o que ele queria dizer, mas dizia que sim à mesma para não deixar nenhum pecado desconhecido por elencar).
E nós lá íamos dizendo que sim e que não com a cabeça, porque ele não nos dava oportunidade de abrir a boca… No final mandava-nos rezar umas 10 avé-marias e pronto. Eram as confissões mais fáceis do mundo. Assim uma espécie de teste com cruzinhas, este fiz, este não fiz…, já está.
Outra coisa extraordinária do padre Messias é que teve a capacidade de nunca envelhecer. Ainda agora, quando vem ocasionalmente vem a Minde, me parece igualzinho ao que sempre o conheci. Mas a recordação mais penosa de todas é, sem dúvida, os “avisos”. Os avisos vinham no final da missa, mesmo naquela altura em que o nosso estômago começava a fazer barulho com fome, à espera do almoço. E entre reuniões do Movimento Esperança e Vida e do Apostolado da Oração, lá se iam mais 15 minutos, bem medidos.
Bem haja, Sr. Padre Messias, Deus lhe dê o céu, onde repouse por uma feliz eternidade.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Caderneta de Cromos ao Vivo

Sim. É mesmo verdade. Fui á Caderneta de Cromos ao Vivo no Coliseu. Foi uma noite fabulosa e ao mesmo tempo, bizarra. Aposto que o Coliseu nunca viu um espectáculo assim, no mínimo,…estranho. Milhares de pessoas que suspiravam em uníssono cada vez que aparecia no ecrã gigante imagens da Julieta do D’Artacão, por exemplo, a publicidade das Fantasias de Natal (com aquele raíça! do velho, lembram-se?) ou blazer branco do Don Johnson de Miami Vice. Descobri que a Kim Wild era para casar e que a Samantha Fox era para “coiso”. Interessante…

Mas os momentos altos da noite foram, sem dúvida, o aparecimento em palco de dois cromos ao vivo e a cores, foram eles o insubstituível Júlio Isidro e o incontornável José Cid.

O primeiro, fazendo justiça ao seu estatuto de um dos maiores comunicadores portugueses de todos os tempos, levou a assistência ao rubro. Fez stand up comedy (stand up tragedy, como ele próprio disse), cantou, declamou e encantou. Elevou-se no palco e mostrou á equipa da comercial, que quando eles nasceram já ele molhava os lençóis.

















O segundo momento épico do espectáculo foi quando entraram várias meninas da Olá e começaram a distribuir FIZZ Limão pela plateia ao mesmo tempo que José Cid cantava “Como o macaco gosta de banana eu gosto de FIZZ Limão”.


















Foi a loucura total. Centenas de parvos entre os 30 e os 40, vindos dos empregos, alguns ainda de fato, ali a vibrarem com as mesmas memórias…
Depois, no regresso a casa recordei a minha infância em Minde. A catequese,… a escola,…a praça 14 de Agosto como era e onde morei até aos 10 anos.
Depois, de noite, sonhei com o Carlos Paião…

Foi desta forma que me surgiu a melhor ideia que já tive nos últimos tempos (sem contar com aquela “posição de amor” mas isso não é p’ra’qui): vamos fazer a













Portanto, amigos, colegas e contemporâneos: enviem ideias e memórias para o nosso e-mail feridasecalos@gmail.com.

POPOTA


Acho que vou perguntar à Popota. Ela também lá deve ter ido...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LEOPOLDINA





Alguém me sabe dizer em que clínica é que a Leopoldina foi fazer a lipoaspiração e o aumento das maminhas? É que eu também lá quero ir...

Roam-se de inveja...

Sabem onde vou agora?
Sabem? Não?!

Aqui.


IT'S A SMALL WORLD

Adoro fotos de comida. Normalmente funcionam sempre. São sempre coloridas, alegres e conseguimos quase sentir o sabor e o cheiro das alimentos.

De entre as várias fotos que tenho, aqui ficam estas 2, que representam o exagero, o luxo e o desnecessário. Num mundo onde ainda morrem crianças com fome...













Montra uma pastelaria no centro de londres.












Vitrine de biscoitos para cão no Harrod's, também em Londres.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

IT'S A SMALL WORLD


Tocadores de bombo nas festas da Senhora da Agonia, Viana do Castelo.
O barulho é ensurdecedor, sentem-se as batidas no estômago, o chão treme.
É um verdadeiro grito de revolta!
Quem nunca viu, vá ver, vale a pena.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CONVERSAS DE RAPARIGAS - II


A verdadeira cereja no bolo das conversas de raparigas, o mito urbano.
A CONVERSA DE CASA DE BANHO
De que é que as mulheres falam na casa de banho? (é a pergunta chave, precedida da outra, mais existencial, porque é que as mulheres vão sempre à casa de banho aos pares?)
Aqui estão algumas das frases mais comuns:
- Segura-me a porta.
- Não há papel, tens um lenço?
- Tens um foguete na meia.
- Então, vocês já?...
Pronto, basicamente é só isto.
Quando se podia fumar, ainda se partilhava um cigarrinho rapidamente, agora já nem isso.
Durante o resto do tempo apenas nos limitamos a guerrear por um bocadinho de espelho, empurrando-nos delicada mas secamente, numa espécie de guerra fria, em que as meninas que não estão connosco nos olham sempre com aquela expressão de quem nos está chamar “Cabra!” (e, acreditem, ninguém consegue dizer "cabra" com tanta intensidade como uma mulher...)
Entre as que querem apenas lavar as mãos, as que retocam o rímel e as que espremem borbulhas, lá se vão ouvindo retalhos de conversas, essas sim, as verdadeiras conversas de casa de banho.
A maior parte das vezes está-se simplesmente, a dizer mal de alguém. Nunca repararam que se três raparigas estão juntas e uma sai as restantes começam imediatamente a dizer mal da que saiu. E se essa voltar e sair outra, o processo recomeça…
Outro cliché é falar de namorados.
Mas isso fica para uma próxima oportunidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

WEEDS


É uma das minhas séries favoritas. Então a temporada 6, que começou agora, é diabólica, chega a píncaros de imoralidade.
Ás terças na RTP2, depois das notícias. Como os episódios são pequeninos, passam dois de cada vez.

IT´S A SMALL WORLD


Este vai servir para mostrar que o mundo é bem mais pequeno do que parece, às vezes está à distancia de uma imagem...

Ou seja, para publicar bocadinhos de mundo, meus e de outros.

domingo, 7 de novembro de 2010

CONVERSAS DE RAPARIGAS-I


Sem pretender ser exaustiva acerca do assunto, não posso renunciar a deixar o meu testemunho ao mundo - particularmente ao mundo dos homens - acerca de um dos temas mais controversos de sempre: as conversas de raparigas.
Portanto, vamos dar inicio a esta rubrica (rúbrica? rubríca?) com um dos temas que figura certamente no top ten da conversação feminina: partos e gravidezes.
Não é propriamente um assunto da classe etária "adolescentes", ainda que possa, ocasionalmente, ser abordado. É um assuntos dos 25 em diante (parece que agora começa a ser cada vez mais tarde...) mas não tem limite temporal final: qualquer avó de 70 anos tem alguma coisa a dizer acerca da sua experiência.
Não há mulher que não adore contar a (s) sua (s) experiências neste campo e, de preferência, quanto mais escabrosas melhor. Começa logo com os comentários próprios da gravidez: testes da agulha, teorias acerca de barrigas redondas ou bicudas, barrigas muito em cima ou mais descaídas, pano, pés inchados, vómito matinais, azia, dores nos rins, cálcio, magnésio, ecografias (tenho aqui uma fotografia, queres ver? Ai nós trouxemos gravado num CD.) As mães preferem comentários relativos a luas, gatos, passagens por baixo de escadas e desejos.
Depois vem as descrições do parto. São momentos de puro deleite em que se abarcam assuntos tão agradáveis como epidurais e episotomias (ai filha, enfiaram-me uma agulha na espinha, começo a sentir um frio e o médico até me disse que se podia perder o andar para sempre, ai eu já fui cortada duas vezes, da primeira levei 17 pontos, da segunda levei trinta e dois...). E as dores (ai são dores horríveis, D. Fátima Lopes...) - eu estive 37 horas, eu desmaiei com as dores, eu fiz a dilatação toda e depois acabaram por me fazer cesariana.
Mas o assunto não acaba com o nascimento: ainda faltas as dores tortas (se não as tens tu tem-nas o bebé), os mamilos de silicone, os pontos que começam a secar, outros que infectam, as mamadas (ai o meu Fábio mamava de 2 em 2 horas, estive 6 meses sem dormir, ai o meu leite era só agua, tive que começar a dar suplemento à minha Rafaela a partir dos 15 dias).
Mas o esplendor só chega verdadeiramente com a descrição dos primeiros cocós, do termómetro e do Bebé Gel.
Pensando bem, deve ser melhor ser homem...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

HORA DE ALMOÇO




Diz que este Inverno é vestidos e botas. Acho que vou aproveitar a hora de almoço para ir fazer umas festas ao ego...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DESABAFO

Tava capaz de mandar o país à merda e ir viver para o estrangeiro…
É tão in, tão fashion ir morar para Madrid ou para Londres durante uma temporada e depois continuava a alimentar o blog do estrangeiro e ia dizendo how much I miss pasteis de nata e o sol na praia.
É tão chique trabalhar no estrangeiro e falar estrangeiro e apanhar os transportes públicos do estrangeiro.
E porquê? Porque tou farta da crise, tou farta de disparates políticos, tou farta (fartíssima) do primeiro ministro, tou farta de me sentir deprimida porque as finanças isto e o déficit aquilo e o orçamento não sei que mais…
Antes queria andar bem disposta, as industrias a produzir, o comércio a vender, os corretores da bolsa a especular… tudo a correr normalmente, sem apertar o cinto, sem imposto a aumentar, sem IVA, sem código contributivo quase a entrar em vigor(ai Jesus, se não o suspendem como no ano passado vai ser o bom e o bonito)…
Mas não posso.
Quem é que me tira de Portugal? E onde é que eu ia cheirar sardinha assada? E onde é que ligava o rádio e ouvia o Tony Carreira? E como é que eu passava sem ouvir os vizinhos a dizer “Bom dia” e “até amanhã se Deus quiser”? Vamos que no estrangeiro “Deus não quer”?
Não, fico deprimida, mas fico cá.
Até ver…

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

FRUTA DO OESTE


A professora do quarto ano perguntou aos alunos se conheciam alguma das rochas típicas de Portugal. O Zé saltou na cadeira: “Eu sei, eu sei! É a pêra rocha”

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DIA DE LOS MUERTOS





A tradição mexicana da celebração do Dia de Los Muertos tem tradições pré hispânicas. Quando os descobridores espanhóis chegam a esta parte da América Latina ficaram horrorizados com as crenças locais de que durante um determinado período de tempo os mortos regressavam e conviviam alegremente com os vivos. Então, como aconteceu com tantas outras tradições nativas, tanto na América Latina, como na África, como na Ásia, as tradições ancestrais foram assimiladas e transfiguradas nas celebrações católicas.
Com a chegara dos descobridores espanhóis as celebrações nativas da festa dos mortos foram assimiladas às celebrações católicas do Dia de Todos os Santos (1 de Novembro, dia em que a Igreja Católica celebra todos os que já entraram no reino do Céus, sejam ou não declarados santos pela Igreja Católica, uma vez que todos os que entraram no céu são santos) e dos Dias dos Fieis Defuntos (dia 2 de Novembro, dia em que se recordam e se oferecem preces reparadoras por todos aqueles que aguardam a sua entrada no céu).
As celebrações mexicanas do Dia de Los Muertos são fascinantes. Acredita-se que os mortos voltam durante um dia – as crianças mortas no dia 1 de Novembro e os adultos no dia 2 – para conviverem com os vivos. Então as famílias preparam-lhes altares com flores, velas, comida, cigarros, tequila e prendas para as crianças e a própria família celebra em festa a memória dos seus mortos. A família acaba por comer, na festa, a comida que ofereceu aos mortos, mas credita que o morto já comeu a “essência” da comida, por isso a comida já não tem “valor nutricional”.
Algumas famílias deixam fora das casas cobertores e almofadas para que a alma do morto possa descansar da sua jornada.
Além disso oferecem às crianças (às vivas…) caveirinhas de açúcar e também se chamam caveirinhas a pequenos textos, em prosa ou em verso, que recordam de forma humorística as características do morto.
É uma tradição estranha para a nossa sensibilidade europeia, mas uma forma muito mais ligeira de ligar com um facto ao qual ninguém pode fugir. Parece-me muito mais saudável brincar com a morte do que considerá-la um tabu que não se refere nem se enfrenta.
Pessoalmente, espero um dia ter a sorte de poder viajar até ao México nesta data e ver ao vivo estes altares fantásticos que até agora só pude ver na Internet.
Resta só acrescentar que o Dia de Los Muertos mexicano foi considerado Património da Humanidade pela UNESCO.