Sem pretender ser exaustiva acerca do assunto, não posso renunciar a deixar o meu testemunho ao mundo - particularmente ao mundo dos homens - acerca de um dos temas mais controversos de sempre: as conversas de raparigas.
Portanto, vamos dar inicio a esta rubrica (rúbrica? rubríca?) com um dos temas que figura certamente no top ten da conversação feminina: partos e gravidezes.
Não é propriamente um assunto da classe etária "adolescentes", ainda que possa, ocasionalmente, ser abordado. É um assuntos dos 25 em diante (parece que agora começa a ser cada vez mais tarde...) mas não tem limite temporal final: qualquer avó de 70 anos tem alguma coisa a dizer acerca da sua experiência.
Não há mulher que não adore contar a (s) sua (s) experiências neste campo e, de preferência, quanto mais escabrosas melhor. Começa logo com os comentários próprios da gravidez: testes da agulha, teorias acerca de barrigas redondas ou bicudas, barrigas muito em cima ou mais descaídas, pano, pés inchados, vómito matinais, azia, dores nos rins, cálcio, magnésio, ecografias (tenho aqui uma fotografia, queres ver? Ai nós trouxemos gravado num CD.) As mães preferem comentários relativos a luas, gatos, passagens por baixo de escadas e desejos.
Depois vem as descrições do parto. São momentos de puro deleite em que se abarcam assuntos tão agradáveis como epidurais e episotomias (ai filha, enfiaram-me uma agulha na espinha, começo a sentir um frio e o médico até me disse que se podia perder o andar para sempre, ai eu já fui cortada duas vezes, da primeira levei 17 pontos, da segunda levei trinta e dois...). E as dores (ai são dores horríveis, D. Fátima Lopes...) - eu estive 37 horas, eu desmaiei com as dores, eu fiz a dilatação toda e depois acabaram por me fazer cesariana.
Mas o assunto não acaba com o nascimento: ainda faltas as dores tortas (se não as tens tu tem-nas o bebé), os mamilos de silicone, os pontos que começam a secar, outros que infectam, as mamadas (ai o meu Fábio mamava de 2 em 2 horas, estive 6 meses sem dormir, ai o meu leite era só agua, tive que começar a dar suplemento à minha Rafaela a partir dos 15 dias).
Mas o esplendor só chega verdadeiramente com a descrição dos primeiros cocós, do termómetro e do Bebé Gel.
Pensando bem, deve ser melhor ser homem...
4 comentários:
Eu devo ser gajo então...quando começam essas conversas fujo a sete pés...ok, não só mãe né... mas "Deus" não me pode deixar ficar assim quando for...
Minha querida, acontece a todas! Acredita que acabarás por sentir um prazer mórbido em contar as tuas esperiencias traumáticas neste campo... tal como todas nós!
ai... não sei falar sobre esse tema (ainda)... vou esperar pelas "Conversas de raparigasII".
Fabuloso!...
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