sábado, 23 de março de 2013

AUTO-AVENTURA BULGARA

Ontem o dia manheceu com uma potente tempestade de neve. Muito vento, muita neve e as pistas quase todas fechadas.
O Meu Principe precisava de acompanhar uns assuntos no escritório de Sofia e, uma vez que não dava para esquiar, aproveitou. Os miúdos preferiram ficar no hotel, agarrados aos computadores e eu fui com ele. Até Sofia era cerca de uma hora de carro, estariamos de volta pela hora do almoço.
Lá fomos, eu fiquei num centro comercial, a procurar uma prenda para a Calos, que está quase a fazer anos e ele lá foi para o escritório. Perto da uma da tarde estávamos prontos a regressaer.
O tempo não melhorou nada, continuava a nevar e a fazer muito frio.
Já num caminho de montanha, tivemos o azar de pisar uma pedra com o pneu do carro e o penu furou...
Claro que, nestes casos, um azar nunca vem só. Tentámos mudar o furo, mas os parafusos tinham sido apertados com a máquina e vimo-nos aflitos. Parou um carro da policia, simpáticos, mas rapidamente descobriram que não tinhamos triangulo. Menos mal, não nos multaram.
O carro é um Peugeot, que tem um parafuso da roda de segunrança, para a roda não ser roubada.
Tinhamos o parafuso, mas a rosca estava moida e não foi possivel desapertar o diabo do parafuso.
Não havia remédio senão ligar para a assistencia em viagem. Tudo muito certo, excepto que todos os documentos do carros estão em bulgaro, ou seja, escritos em cirilico.
Com a ajuda dos policias, lá conseguimos ligar para a companhia. Mas, claro, o seguro era apenas contra terceiros e não tinhamos assistencia em viagem...
OK, mandar vir um reboque, a pagar, e esperar dentro do carro, que estava um frio de rachar. Lá chegou o reboque. E agora, vamos para a frente, para Samokov ou para trás, para Sofia? Claro que ao tipo do reboque lhe interessava ir para trás, que erade lá que tinha vindo, por isso, toca a andar mais 30 Kms para trás, para a aoficina do amigo dele.
Chegados, ninguém falava inglês. Sinais, sinais, lá nos entenderam. Olham uns para os outros, macaco para cima, macaco para baixo, decidem partir o parafuso à marretada.
Entretanto a mim mandatam-me para o "escritório" da oficina onde estava uma senhora a jogar às cartas no computador e onde acharam que eu estava mais quetinha (e  estava!). Estava, também, aflitinha para ir à casa de banho e tentei entender-me com a senhora: Toilette? Nada. Escrevi WC na minha mão... nada. Deu-me um papel... fiz o desenho
...nada. Desenhei uma sanita... nada.
Por fim lá me entenderam.
Uma hora depois, pneus mudados da frente para trás, marretadas em todos os parafusos de segurança do carro, muita conversa com ar entendido entre os empregados da ofcina lá deram o carro como pronto.
Pagar... pois, não é todos os dias que se apanham um par de turistas que não entendem a lingua. Vai de cobrar 4 vezes o valor do serviço. Paga e não bufes, que nem sequer podes reclamar que ninguém te entende.
Finalmente, de regresso a Borovets, onde chegámos pelas 4 da tarde. Pelo meio lá conseguimos ligar aos muidos a contar o que se passava. Felizmente tinhamos deixado algum dinheiro e eles puderam ir comprar umas batatas fritas e umas bolachas.
Ou seja, em vez de passarmos o dia a anhar no hotel, a beber umas bejecas e a brincar com os miúdos, vivemos uma fantástica auto-aventura bulgara...
Mas hoje o tempo estava fantástico, as montanhas cheias de neve e fartamo-nos de nos divertir pelas pistas abaixo!

1 comentário:

Calos disse...

Bolas, xiça fanico!
...mas compraste a prendinha, certo?...