Feridas e calos: duas amigas com coisas para dizer ao mundo. Sim, nós sabemos, as mulheres têm sempre coisas para dizer, e têm sempre razão!... Acontece que estas coisas são mesmo importante e por isso têm de ficar registadas para a posteridade. Agora a sério: isto não tem interesse nenhum, portanto fuja daqui enquanto é tempo!... E para os Xarales que nos soletrem: Viva o Ninhou!
domingo, 27 de março de 2011
Erva da nossa infância que não era para fumar...
Hoje foi um dia longo. Talvez porque dormi pouco, talvez porque não devia ter bebido “aquela” última mini ou talvez porque eu adoro Segundas-feiras e anseio pela sua chegada. Foi um dia tão longo que, ao fim da tarde, ainda deu tempo para arrancar umas ervas no jardim e pôr na terra uns pezinhos de hortícolas que comprei ontem no mercado. Encantada com o rebentar da Primavera em cada ramo de árvore, lembrei-me das ervas e flores de Verão da nossa infância e das brincadeiras que nos proporcionavam. Na falta de Playstations 3 e de Nintendos 3DS até as flores e ervas serviam para nos divertirmos. E não era a fumá-las. Não! Nada disso! Era, por exemplo, a tentar adivinhar a cor de uma papoila com o clássico “Galo, galinha ou pintainho?” e fazer das mesmas pequenas bonecas de vestido vermelho e cabelo em pé. Era chupar azedas como se não houvesse amanhã (parece que ainda tenho na boca o sabor amargo daquele sumo e a ligeira dureza do fino caule…).Era percorrer, com a mão fechada, aquelas ervas dos picos para ficar com eles todos entre os dedos e depois projectá-los, com pontaria, para as camisolas dos amigos. Estas ervas dos picos, quando verdes, também faziam uns apitos fantásticos. Tínhamos ainda o cliché do “bem-me-quer” e “mal-me-quer” e a flor pom-pom que pedia que a soprássemos… Eram brincadeiras simples, puras e inocentes. Alguém se lembra de mais?
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3 comentários:
E o carrapato na meia quando voltavamos da mata? E apanhar musgo pAra o presépio? E o cheio do alecrim a arder na noite de S. João? E uma picadazinha de urtiga quando andavamos a passear? E Chupar uma florzinha daquelas roxas, muito docinhas, a que chamam chuchamel (está memsmo a dizer, é para chupar o mel)? E apanhar uma rosa albardeira na serra para dar à mãe e chegar a casa com ela toda murcha (uma beleza muito efémera)? E o cheiro da verdura que punham no chão das ruas para passar a procissão? E o cheiro dos tectos de eucalipto nas festas no coreto e na praça?
ADORO ERVAS!
E a marcela? E os raminhos do dia da Ascensão? E os catos de folha miuda e verde que se esborrachavam nas pedras brancas a fingir que era pão com manteiga? E aquela tília brutal que havia no largo do Estaminé?
Melhor que tudo isto, só o cheiro do pão a sair do forno...
e as palmas e os galhos de oliveira...no Dia de Ramos...e as silvas cheias de amoras...hummm
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