segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRESIDENCIAIS

E pronto, temos presidente novo/velho!
Eu, por acaso, até gosto do Cavaco.
Pronto, já lá vêm as criticas e as boquitas políticas. Podem criticar à vontade, não me afecta nem um bocadinho. É que eu de política percebo quase tanto como de física nuclear, ou seja, ainda menos do que de futebol...
Mas tenho as minhas simpatias e com o Cavaco simpatizo, porque me parece sério. Até me podem vir dizer aquelas coisas da epoca do cavaquismo, e do autismo da falta de discussão democrática e tudo e tudo. Prontos, mas tenho saudades dessa época em que tinhamos esperança, em que se via o país a crescer, em que por momentos fugazes as revistas de análise económica internacional falavam do "milagre económico" de Portugal.
E lembro-me da alegria das vias de comunicação a serem construidas e do que significou na minha vida a construção da A1 no troço que nos fica à porta e que reduziu a minha viagem semanal de e para Lisboa em uma hora, nesses tempos longinquos em que a ida para a faculdade dividia a minha semana em dois compartimentos estanques: a "semana" e o "fim de semana".
Já estou a divagar, nada disso interessa à actual conjuntura politico social e económica nem às actuais eleições presidenciais.
Mas gosto do Cavaco, pronto.
Acho que nós portugueses, gostamos de ter um pai que mande em nós e nos dê conforto, por isso esperamos pelo D. Sebastião, por isso ainda vai havendo quem diga que no tempo do Salazar é que era bom.
Precisamos da segurança do puxão de orelhas quando fazemos algum disparate, do tipo: ah, endividaste-te, estouraste o plafond dos cartões de crédito? Toma lá um tabefe e vais para a cama sem ver televisão.
Esta coisa da democracia é complicada, temos que nos esforçar, temos que pensar e decidir. É mais fácil ter um pequeno, vá, como é que eu hei-de colocar esta questão... ditador (não um DITADOR, mas um... ditadorzinho), a mandar em nós, um pai, um patrão, para estarmos sossegadinhos e podermos dizer mal "dos que lá estão".
É mais confortavel. Se calhar nem precisávamos de votar... e já não tinhamos que estar sempre a maçar-nos com os ralhetes dos políticos por causa da abstenção.
Se calhar a solução era mesmo a monarquia e já não se falava mais nisso...

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