terça-feira, 24 de novembro de 2015

Instinto animal

A minha cadela pastor alemão, a Troika, é o melhor cão do mundo. Não tenho portão e ela não sai daqui, não pisa a relva, faz coco e xixi onde tem de fazer. É leal e inteligente mas não deixa de ser um cão e como tal não morre de amores por gatos e o seu instinto, embora sempre recalcado, acaba sempre por se manifestar. Ela conhece a nossa gata desde bebé e são amigas. Brincam, cheiram-se, lambem-se, mas isso só acontece com a Suzy que é a "nossa" gata. Ontem apareceu aqui um gato forasteiro e a Troika deu-lhe uns safanões. Abocanhou-o e abanou-o. Eu gritei com ela e pu-la de castigo, o que significa prende-la na corrente. O gato não ficou na sua melhor forma. Não tinha sangue, mas ficou a arrastar uma pata traseira :-(
Liguei ao canil/gatil mas eles só podiam vir hoje, liguei ao veterinário e, por sorte, ele estava a passar aqui bem perto. Veio, deu anti-inflamatório ao gato e eu fiz-lhe uma caminha fofinha para passar a noite. Hoje de manhã cá estava o carrinha do canil para o vir buscar.
E perguntam vocês porque é que eu vos estou a contar isto tudo...
Porque há coisas em que o nosso país funciona bem e quando isso acontece é motivo de orgulho. Devemos valorizar o bom e não nos centrarmos só no mau. O veterinário é o veterinário da Câmara Municipal, portanto não paguei nada, e pelo serviço (excelente, por sinal) do canil/gatil também não.
A minha Maryna que é ucraniana ficou tão encantada com isto que até tirou fotografias à carrinha do canil/gatil, com as patinhas impressas na cabine, para mandar para a Ucrânia, e eu confesso que estava toda "inchada" com um sentimento de "olha que bem que as coisas funcionam aqui neste país civilizado".


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