segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pirogi Makom



Hoje a Valentyna, a minha professora de piano e do meu filho do meio, ucraniana e boa rapariga, levou para a nossa aula uma das suas especialidades da gastronomia de leste. A iguaria tinha um aspecto de torta de chocolate, deliciosa e fofinha. Ora eu que, como é do conhecimento geral, sou de muito boa boca e ando "a modo" ressabiada com a minha dieta, para não fazer desfeita à Valentyna, atraquei-me imediatamente na torta. Mas nem mesmo a minha falta de açucar no sangue e as saudades que eu tinha de uma tortinha de chocolate (por causa da dieta rigorosa, claro!) conseguiram enganar o meu paladar. "Aquilo não era uma torta de chocolate! Definitivamente!" Embora ligeiramente doce, não sabia a chocolate. O creme castanho escuro era areado, composto como que por milhares de bolinhas pretas, como se de ovas de um peixe se tratasse. Mas não era mau...Aliás,...era bom! Mesmo bom, agora que penso nisso...


Aquilo era Pirogi Makom, que é como quem diz, pastel de papoila, em russo, mas utilizando o nosso alfabeto. Não é bem um pastel, é mais uma espécie de pão de leite, mas enrolado tipo torta num creme feito á base de sementes de papoila (lá está, as bolinhas pretas!), açucar e ovos.
Há lugares onde as papoilas são fumadas, os russos comem-nas, nós fazemos delas bonequinhas de vestido vermelho e cabelos em pé. Não admira que estejamos sempre com o pé na lama...


Adoro experiências novas.

1 comentário:

El che disse...

Kate,

Uma vez estava em Amesterdão e experimentei um destes bolos da prof. do teu filho.

Bestiais...