Prestes a começar mais uma "louca iniciativa do Ninhou", acerca da qual ainda não posso revelar grande coisa, porque ainda está no segredo dos deuses, pus-me a pensar do próprio conceito da coisa. O que será que temos que nos puxa tanto para a maluqueira? Porque é que, de vez em quando, nos passa uma coisinha ruim pelos olhos e nos pomos a dizer: " E se nós...?" E porque é que há logo dois ou três maduros de respondem: "Boa, até podíamos..."
Acho que isto é que faz de Minde a terra espectacular que é, temos uma imaginação sem limites e nenhum projecto, por mais ousado que seja, nos assusta.Lembro-me de várias iniciativas ao longo dos anos, algumas bastante disparatadas, mas que todas tiveram em comum darem imenso gozo a realizar.
Dos tempos do MAJ houve uma altura em que se iam por no cruzeiro umas grandes letras a dizer BOAS FESTAS pelo Natal. A história durou vários anos e foi-se refinando: no primeiro ano as letras pareciam grandes mas vistas de Minde eram muito pequenas. Foram iluminadas com gambiarras de árvore de Natal, das mais baratas e ordinárias, com um fio eléctrico estendido até à habitação mais próxima. As luzinhas eram tão beras que dois dias depois já uma gambiarra se tinha avariado e já faltava uma perna a uma letra. A pouco e pouco foram-se avariando todas as gambiarras e quando o Natal finalmente chegou já não se entendia o que diziam as letras. Os anos foram passando e, já fartos de substituir luzinhas e gambiarras, chegou à altura em que decidiram fazer uma coisa em grande, que se visse. Foi um sarilho para fazer as letras gigantescas subirem, à força de braços, até ao cruzeiro. As letras foram iluminadas a sério, com lâmpadas. O efeito foi espectacular, mas passados poucos dias alguém foi roubar todas as lâmpadas até onde lhes chegou sem escadote e as letras passaram a ser só a metade de cima. Hilariante.
E outras iniciativas fantásticas: a Feira de Santana dos anos 80, um verdadeiro certame da "Capital do Pullover"... onde é que isso já vai.
As tasquinhas que se fizeram vários anos no mercado, com a participação dos bairros.
As inúmeras tentativas de fazer um presépio de rua como deve ser, tanto no largo da Igreja como no Coreto. Numa resultaram nada de jeito.
O Rock in Minde, quase tão bom como o do Rio, seja no Rio ou em Lisboa.
As várias edições de listas telefónicas de Minde, uma ideia brutal e que chegou a dar bom dinheiro ao MAJ.
As várias edições das marchas de S. João.
Os desfiles de carnaval!!! Esta iniciativa é uma das minhas favoritas, apesar de não ter participado em nenhum porque estava a estudar na altura e calhava sempre em época de exames e frequências, mas lembro-me do que me contavam e como me ficava um amargo de boca por não ter participado. Num dos desfiles um galã da nossa praça desfilou vestido de Tieta do Agreste e fez furor.
E outras que, felizmente, se mantêm e cada vez melhores, como o BTT e o JazzMinde.
É por estas e por outras que não tenho dúvidas em dizer que Minde é uma das terras mais fantásticas do país!
2 comentários:
Dear Feridas, não tenho dúvidas: mais um daqueles posts que só tu poderias escrever! Bestial! E tens toda a razão, não há projecto que nos meta medo...I wonder why?
Não tenhas dúvidas, somos mesmo uma terra sem igual.
Não há nada que nos meta medo.
Quantos são? Quantos são?...
;-)
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