terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pensei...

...que nas férias dava cabo destes 3 mas nem pensar!
Mas fiquei contente quando descobri que o protagonista do do meio é o quarto filho da protagonista do da direita. Capiche?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SECUNDÁRIO...

E o meumaivelho acabou de entrar para o secundário!...
Tenho estado todo o dia em ânsias, porque hoje foi o dia da apresentação da nova escola. Acho... não, tenho a certeza, que estou mais nervosa do que ele.
Porque eu sei para o que ele vai, ele não sabe...
Parece que sinto de novo o mesmo aperto na barriga que senti quendo tinha 15 anos e entrei para aquela escola pela primeira vez, acabadinha de sair da protecção das freiras, onde nos sentiamos como dentro de um ovinho.
No principio foi muito, muito estranho.
Ninguém me perguntava onde ía, ninguém queria saber se eu ia às aulas ou não, não havia ninguém no portão da escola. Nessa altura havia professores que fumavam na sala de aulas, alguns, mais respeitosos, interrrompiam a aula para virem cá fora fumar.
A sensação de liberdade era vertiginosa.
Eu podia fazer, rigorosamente, o que quizesse, ninguém estava lá para me controlar. O meu único limite era a hora da carrinha que me traria de volta a casa. E mesmo, esse nem sempre o respeitei...
Foi nessa altura que compreendi o que queria dizer responsabilidade: podemos fazer o que quisermos, mas a escolha por fazer o que está certo cabe-nos inteiramente a nós, não ninguém para nos dizer: faz assim, faz assado.
Este fim de semana estive na casa onde tirei o curso.
Parece que foi ontem que saí de lá, e, bem vistas as coisas, o meumaivelho vai lá estar dentro de 3 anos, se tudo correr bem.
Como é que é possivel?
ONDE É QUE FORAM PARAR ESTES ÚLTIMOS 20 ANOS???
Como é que posso ter um filho quase universitário?
Não entendo, não entendo...
(Será isto uma crise de meia idade?...)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

OS TRÊS ESTAROLAS - 2

Houve uma altura em que havia um stand de automóveis, pelo percebi ,no lugar onde funcionaram, mais tarde, as malhas Paello's, ou seja, por baixo das bombas de gasolina, junto à mata.
Os três estarolas, vendo aquela quantidade de carros ali mesmo à mão de semear, não se conseguiram conter, foi superior a eles. Vai de desengatar os carros e empurrá-los todos rampa abaixo, direitinhos à mata.
Brilhante ideia!
O problema é que houve um vizinho que viu e ameaçou ir contar aos pais deles.
Mas os três estarolas não se deixam intimidar por ameaças. Contaram os trocos, compraram uma grade de minis e foram com ela comprar o silêncio do Bufo!

E A AMÉLIAZINHA, AHN? HIBERNOU?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Faz hoje 10 anos

Faz hoje dez anos que fui mãe pela primeira vez. Foi o dia mais humilhante e mais feliz da minha vida. Digo humilhante porque não deve haver situação na vida em que uma mulher se sinta mais vulnerável e mais resignada do que no dia de um parto. Para quem não sabe, após a chegada à maternidade, a saga de falta de pudor começa logo com uma enfermeira mal encarada que nos rapa os pelos de todo o lado com a rapidez e a firmeza de quem já fez aquele processo umas centenas de vezes. E nós limitamo-nos a fechar os olhos e a dizer baixinho “Xiiiiça caneco!!!”. Depois vem a parte da dilatação na qual ficamos horas a fio a morrer de dores completamente insuportáveis, que vêm e vão, e durante a qual vamos recebendo visitas de médicos e enfermeiras que, sem pedir licença, nos vão invadindo a nossa intimidade e investigando as nossas entranhas sem dó nem piedade. Muito humilhante, sem dúvida.
Mas foi também o dia mais feliz da minha vida. Como se ver todo aquele sofrimento terminar não fosse já uma boa razão, ainda somos presenteados com um filho que, inevitavelmente, é para nós o mais lindo do mundo e que chega para mudar a nossa vida, o nosso dia-a-dia, e o nosso carácter para sempre. Gosto de celebrar este dia porque, juntamente com o meu 1º filho, nasceu também um novo eu, uma nova pessoa, diferente da que existiu até aquele momento.
Assim sendo, no dia 7 de Setembro, para além de presentear o meu filho, também gosto de me presentear a mim. Este ano o meu presente foram estas botas que, quando bati com os olhos nelas, nem pude acreditar como é que vivi 36 anos sem elas. Xiça fanico! Além disso estou a pensar seriamente apanhar uma “aquecidela” porque a situação merece e estão reunidas as melhores condições para que tal aconteça.

NOVO ANO ESCOLAR

A escola está quase a abrir. Em minha casa há material escolar espalhado por todo o lado... ah, mas isso é assim o ano todo, já me esquecia.
Este ano só vou comprar livros para o mais velho. A do meio herda os livros do mais velho e o mais novo herda os livros do primo. Estamos em tempos de crise e não podemos andar a comprar três vezes os mesmos livros.
A do meio perguntava-me há dias como é que as pessoas que não têm dinheiro fazem para comprar os livros dos filhos. Respondi-lhe que eram os colegas dela que tinham subsídio escalão A, que não pagam os livros, ou escalão B, que pagam só uma parte.
Acabámos por fazer a seguinte reflexão: os meninos do escalão A têm livros novos todos os anos. Os meninos sem subsídio apagam as respostam dadas pelos irmãos mais velhos e reutilizam os livros...
É estranho, não é?
Gostava de mandar esta sugestão para o ministério da educação:
Acho muito bem que o ensino seja acessivel a todos e gratuito para quem não o puder pagar, mas também acho que benefícios devem trazer responsabilidades.
Os meninos que recebem os livros gratuitamente deveriam ter a obrigação de os estimar, de não escrever neles e de os entregar em bom estado na escola no final do ano. No ano seguinte outros meninos poderiam utilizar os mesmos livros, desde que os manuais não mudassem.
Poderia ser a biblioteca de cada escola a tomar conta deste assunto:quando se fazem as matriculas ficam logo a saber quanto meninos beneficiam de subsídios, contabilizam quantos livros de cada disciplina têm e quantos precisam a mais. Depois pedem os livros às próprias editoras, evitando até o lucro das papelarias onde as pessoas os vão comprar. O menino que entregasse o livro estragado teria de o pagar ou teria esse valor descontado no subsídio do ano seguinte.
Assim todos ganhavam: os contribuintes, que não teriam que pagar todos os anos tantos livros para tantos subsidiados, o Ministério da Educação que também reduzia as despesas e o ambiente, com menos estragação de papel.
Claro que os únicos que não ficavam a ganhar eram os senhores das editoras... e por causa deles é que esta bela ideia nunca poderá ter aplicação...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Gaja que é gaja...


Gaja que é gaja leva 200 kg de roupa para férias. Gaja que é gaja leva 6 pares de sapatos ou sandálias, no mínimo, mais umas botas e 3 pares de chinelos. Gaja que é gaja leva bijuteria que chegava para abrir uma Bijou Brigitte. Gaja que é mesmo gaja leva para férias toda uma parafernália de maquilhagem e de cremes para aqui, para ali e para acolá. Tem cremes para o dia, tem cremes para a noite, tem cremes para o sol, para a sombra, para sítios de difícil acesso, para rugas que ainda estão por aparecer e para estragos da gravidade completamente irreversíveis. Mas pôr o creme (nalguns casos até mesmo só comprar o creme) parece que nos deixa logo melhores e cria em nós a ilusão optimista que melhorámos consideravelmente.
Depois surge sempre um engraçadinho qualquer que nos deita a mão e nos faz pisar novamente solo firme com o velho cliché:
- Mas para que raio é tanto creme?
- Para ficar mais gira.
- Então porque é que não ficas ????!!!!!
A insensibilidade masculina consegue atingir proporções dantescas. Não percebem que mulher é mesmo assim e que são estas pequenas coisas que fazem de nós estes seres maravilhosos que somos: simplesmente gajas!

OS TRÊS ESTAROLAS - I


Os "três estarolas" têm hoje mais de 50 anos e são, na generalidade, senhores "respeitaveis".
Mas já foram adolescentes, e que adolescentes!
Já ouvi as histórias deles vezes sem conto em noites de copos, mas rio-me sempre até às lágrimas e nunca consigo deixar de pensar como é que é possivel que numa terra tão pacata se possam ter passado cenas tão incriveis como algumas das que eles (e outros) foram protagonistas.
Os tempos eram, definitivamente, outros. Era a pujança dos anos 70 e 80, o auge económico de Minde, muito trabalho, muita gente constantemente a entrar e a sair da terra, desconhecidos a chegar todos os dias. E muitos pais demasiado absorvidos com o trabalho para prestarem realmente atenção às coisas inacreditáveis que os filhos faziam. E também muita daquela inconsciencia inocente que se tem quando se é puto: somos os maiores, nada nos pode acontecer, nada nos pode fazer mal.
Pois os três estarolas, e outros amigos da sua idade, tinham 16 ou 17 anos, as hormonas aos saltos e eram doidos.
Tinham por hábito roubar os carros das garagens dos pais ou de outros familiares para irem à noite para bailes, festas, discotecas, ou, simplesmente, para irem às gajas.
A tática era simples: abrir o portão da garagem, desengatar o carro e empurrá-lo para fora sem fazer o mínimo ruído, empurrá-lo pela rua fora até já estar suficientemente longe para que o barulho do motor não acordasse o dono e depois fazer uma ligação directa. Ninguém tinha carta, ninguém tinha as chaves dos carros. Niguém tinha dinheiro para gasolina, o carro andava até onde desse e depois logo se via.
Uma dessas noites, um deles roubou, enfim, "pediu emprestado", um carro a um tio. Lá foram para a festarola não sei onde e no regresso repararam que o carro tinha uma mossa. Ficaram em desespero: e agora, bateram-nos no carro, como é que vamos por o carro na bagargem batido?
Lá voltaram para Minde e foram acordar um pobre bate chapas às tantas da manhã para lhes resolver o problema antes de amanhcer.
Quando finalmente o carro voltou à gararem todos respiraram de alívio.
De manhã o dono do carro tem a surpresa da sua vida. Oh mulher, anda cá depressa! Anda aqui o diabo! Ontem bati com o carro e hoje não se nota nada, o carro arranjou-se de noite. Eu estarei maluco?!

Vacations, finally!

O dia tarda a chegar mas chega, e esse dia foi hoje.
E como só me apetece gritar Aleluia!, deixo-vos com um Aleluia que eu venero: Jeff Buckley (um grande músico com uma grande voz que morreu afogado com pouco mais de trinta anos), numa versão avassaladora de um original de Leonard Coen.

Fiquem bem meus amigos…que eu vou tentar fazer o mesmo.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NOVO DICIONÁRIO DE MINDRICO

A pedido da querida Dra. Vera Ferreira, divulgamos o pedido de ajuda para a edição do novo dicionário de mindrico:

Contribua com uma DOAÇÃO para o Dicionário Bilingue Piação-Português!


O CIDLeS (http://www.cidles.eu) está a preparar o primeiro dicionário bilingue de Minderico, no verdadeiro sentido do termo. Até ao momento existem apenas glossários incompletos e de pouca base científica. A existência de um dicionário mais completo, actual e com informações etimológicas, fonéticas, gramaticais e de uso será determinante para a preservação e ensino desta língua ameaçada em Minde.

Além da versão em papel, o dicionário será acompanhado por um CD que inclui uma versão multimédia do mesmo. Nessa versão poderemos encontrar as palavras associadas a som, imagem, vídeos e textos.

Faltam apoios para concluir esta obra. O CIDLeS precisa da sua ajuda para a preservação deste património linguístico e cultural.

Faça uma DOAÇÃO para:

CIDLeS
NIB: 0045 5242 40239498532 59
Banco: Caixa de Crédito Agrícola

Doações de um valor superior a 40€ receberão o dicionário gratuitamente.

Envie-nos um email para info@cidles.eu com os seus dados para que o/a possamos referenciar na lista de apoios.

Divulge esta informação junto dos seus amigos. Contamos com a sua ajuda!
Vera Ferreira
(Presidente do CIDLeS)

HOJE...

... precisei de ir a um banco no centro da cidade e depois à conservatória.
Fui a pé, que o tempo está enevoado e fresquinho, a gozar os sítios pitorescos da zona história de Torres Novas.
A cidade, em algumas zonas está muito bonita e muito bem arranjada. Mas tem muitos prédios devolutos, em mau estado, muitas fachadas sem miolo por detrás. É pena, é uma cidadezinha com alpectos pitorescos da vila antiga que sempre foi.
Cada vez há mais lojas a fechar. Que pena!
Uma boutique pequenina onde cheguei a comprar algumas roupas bem originais... A sex shop da cidade... olha, nunca lá cheguei a entrar.
Vou pela a rua a pensar onde é que iremos parar, a puta da crise, a vida como a conhecermos a esvaír-se-nos por estre os dedos e esta insegurança... o que vai ser de nós, dos nossos filhos do nosso país...
Depois atravesso a ponte sobre o Almonda. Vão florinhas brancas a boiar sobre a água que cairam das árvores na margem. Que bonito...
Mais à frente uma pequena ameixoeira num jardim está coberta de frutinhos já rosados. A pequenina árvore cumpriu a sua missão, esforçou-se e deitou cá para fora tantas ameixinhas... indiferente à crise, à troika, à esperada depressão mundial...
Noutro jardim um hibisco sacode suavemente, à brisa da manhã, as flores carregadas de chuva da noita anterior .
Pronto, parece-me que a neura me passou.
O mundo remova-se todos os dias, temos que lhe seguir o exemplo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O NOSSO LÉXICO ADOLESCENTIL

Há palavras que usavamos na adolescencia e, felizmente, se perderam. Outras, claro, apareceram de novo. Nunca sabemos se uma palavra vem para ficar ou se é só uma moda passageira.
Quem se lembra da palavra "escaganifobético", ou, na sua versão mais light "escanifobético"?
E do hábito enervante de ser tratado por "coisa", ou ainda pior, por "coisinha"?
Mas há mais:
Baril
Pechisbeque, para designar bijuteria que não fosse fabricada de metais nobres, mas uma sua imitação. Também tem uma forma light: chibeque.
Chamar "pão" a um rapaz giro.
E algumas expressões recorrentes que, felizmente, também desapareceram de circulação, tais como:
É fixe: abana mas não cai.
Há, mas são verdes.
(também foram substituidas por outras não menos parvas, como "até a barraca abana", "Ah, poizé" e o impagavel Oh Eeeeelsaaaa!)