segunda-feira, 8 de setembro de 2014

DEDOS DOS PÉS

A minha família tem um jeito natural para a desarrumação. Parece uma arte muito nossa e cada um a cultiva o melhor que pode e sabe. Os meus filhos já todos nasceram com este dom, que lhes veio na herança genética. Acho, até, que desarrumam ainda melhor que o pai e eu.
Em minha casa há sítios críticos e horas criticas da desarrumação, assim uma espécie de hora de ponta da bagunça. Os sítios críticos consigo enumera-los de cabeça: o arquibanco da entrada, a secretária do escritório e o móvel da cozinha. A hora crítica, bem... são quase todas. Mas mesmo piores são as horas que se chega da escola/trabalho/férias/rua em geral e a hora em que se tira a roupa para ir para a cama/banho. Inevitavelmente fica tudo largado ou no chão ou largado num dos sítio críticos (acima descritos).
Isto para chegar à justificação para haver uma mala de viagem ontem, mesmo à saída da porta da sala.
Tinha estado presa à mão do Meuprincipe até há umas horas atrás, quando chegámos de fim de semana e foi largada no primeiro local onde ele parou, assim que entrou em casa.
E eu, que andei com umas sabrinas que me apertavam o dia todo, que achei que merecia uns minutos de pé descalço, a arejar, antes do jantar, saí da sala sem acender a luz.
E dei um pontapé na mala.
E disse um palavrão muito grande e muito feito.
Agora é este o balanço dos meus dedos dos pés:
- Dedos horrivelmente feios, quase sem unha e com um calo de lado - 2 (um em cada pé)
- Dedos tortos por terem dado um pontapé descalços há cerca de 2 meses atrás - 1
- Dedos tortos e pretos por terem dado um pontapé descalços ontem ao final da tarde - 1 (no mesmo pé do dedo mencionado na alinea anterior)
- Dedos razoavelmente sãos - 6.
Vamos ver por mais quanto tempo ainda consigo manter mais dedos bons do que estragados.

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