terça-feira, 9 de julho de 2013

As Brumas de Avalon, 20 anos depois

Acho que já vos disse que "As Brumas de Avalon" são uma saga que marcou a minha adolescência/juventude e também já vos disse que li os 4 calhamaços, emprestados pela Teacher, de uma virada, nos meus longínquos 18 ou 19 anos.
Na feira do livro comprei 2 volumes numa promoção, para reler e porque gosto de "TER" meus os livros que me marcam ou marcaram de alguma forma.

Mas desta vez foi diferente! Muito diferente mesmo! O que só mostra que muita coisa mudou em mim nestes 20 anos, porque o livro está exactamente igual a ele próprio. Talvez porque já conhecia a história, desta vez não me deixei encantar pelo mundo das fadas, por Viviane, senhora suprema de Avalon, por Morgaine, irmã do Rei Artur, a quem este faz um filho num ritual sagrado de adoração à Deusa, onde mulheres e homens correm como animais e copulam com o/a primeira de apanharem. Tudo por encanto da Deusa. O livro mostra bem a Grã-Bertanha do inicio do Cristianismo onde coabitavam, nem sempre pacificamente, as devoções pagãs que adoravam a Deusa, a natureza e o feminino, e um Cristianismo machista, obscuro e absolutista.

Ok, a coisa está engraçada e é, sem dúvida a melhor versão da Lenda do Rei Artur (e gerações precedentes e seguintes) de sempre, mas a magia de Avalon não teve o mesmo efeito em mim. Estarei velha e desencantada? Ou já não vou em encantamentos e magias?!...

1 comentário:

mmm´s disse...

Mais facilmente acreditamos em desencantamentos que no seu oposto... é a vida!
Parece-me que não preciso de reler as Brumas de Avalon...



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