sexta-feira, 20 de abril de 2012

Please don't die

A minha filha Vivi, de 4 anos, descobriu a morte. Está sempre a dizer-me que não quer que eu morra porque não quer ficar sem mãe. O pior de tudo é que diz isto agarrada a mim e com lágrimas nos olhos. Eu tento desvalorizar, embora me apeteça desatar num pranto só de imaginar essa situaçao ou vice-versa (BBBBuuuuuááááááa!!!!!!!!!!! Snif! Snif!), e digo "Não sejas tonta. Ninguém vai morrer! Eu não vou morrer e tu também não!"
Mas ela não é parva e responde prontamente:"Vais, vais! Toda a gente morre!"
"Sim, mas eu só vou morrer quando for muito velhinha e tu também fores velha, com filhos e netos e, nessa altura, já não te faço falta como agora!"
"Fazes, fazes, porque eu não quero ficar sem mãe! Nem quando for velha!"
Depois de muita argumentação e várias tentativas frustradas de lhe tentar desviar a ideia de tão mórbidos e deprimentes pensamentos, prometi-lhe que morreríamos juntas, muito velhinhas as duas, num lar de idosos todo pintarolas, com piscina de hidromassagem e uma grande biblioteca. Assim nunca ficávamos uma sem a outra.
Como não gosto de falhar ás minhas promessas...não sei bem como descalçar esta bota! Felizmente ainda tenho bastante tempo para pensar nisso...

3 comentários:

Anónimo disse...

Oh pah... até me caiu uma lágrimazita...
Essa Vi é mesmo gaja!!! pk os gajos da idade dela, e até mais velhinhos, não têm este tipo de conversa.
Não te parece que estás a ser muito exigente: "um lar com piscina de hidromassagem"... tomaras tu um cadeirão confortável, e alguém que te ajude a lavar as míudezas!

Bjs

CMS

Calos disse...

Cara amiga, sonhar não custa pois não? Depois arranjo la um lugarzito para ti e para o teu "esposo".
;-)

Sílvia Mota Lopes disse...

:( é normal, não é apenas a tua que aborda essa questão com essa idade...;) não valorizes que ainda é pior, age naturalmente...
beijinhos