Na passada sexta-feira o nosso ensaio de teatro foi uma autêntica terapia de grupo. Chega-se e fuma-se um cigarro enquanto se põe a conversa em dia. A crise a as novas medidas do governo para fazer face às exigências da Troika são tema inevitável e palavras como “ladrões” e “filhos duma ganda puta” são obrigatórias.
Depois agarramo-nos ao texto e ensaiamos durante 45 minutos. É nesta altura que os nossos assistentes de cena vão buscar umas médias para nos motivar e as conversas começam a fluir como uma torneira aberta. Falámos sobre os funcionários públicos, a troika e a crise, sobre os militares e aviões de milhões de euros que se despenham. Falámos sobre narizes entupidos, soro e gotas no nariz e anti-inflamatórios versos antibióticos. Sobre filmes “pornô” e recordes do Guinness. Sobre o D. Juan de Marco que dormiu com 1001 mulheres. Sobre Pontevedra, cujo albergue dos peregrinos tem uma biblioteca, e sobre morcela com couves (a minderica, claro!, que é a melhor do mundo). Falámos sobre dialectos e pronúncias bizarras e sobre extremidades que crescem.
Tanta conversa deu-nos fome e levou-nos a comer um hambúrguer empurrado com uma mini.
Com ensaios de teatro destes às quartas e sextas quem é que precisa de psicanálise?
3 comentários:
Qual é a peça? Quando vai a palco? Parabéns pelas vossas iniciativas e dinamismo.
Queres tu dizer que 2 ensaios por semana X (n) minis + humburger = crescimento economico
Aqui é que o estado devia por os olhos...!!!
Adelaide, não te esqueças que és a maior! O Professor de Grego também não é pequenito...ehehehe
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