quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Maitena save my say


Maitena save my day


Ler é a viagem de quem não pode apanhar o comboio...

Sabem quem é esta loira gira e sensual? Não, não é nenhuma estrela de Holywood. É Maitena, uma cartoonista argentina de grande sucesso, que eu adoro e como tal não posso deixar de partilhar com vocês.


“Pneus na cintura, o telefone que ou não toca ou toca demais, a sogra que chateia, os filhos que não se podem aturar, as contas que se acumulam, o êxito que fracassa, o príncipe que não aparece, …
Sem esquecer a depressão, os receios, as inseguranças, a angústia, a desvalorização e a culpa.
Maitena é a solução para tudo isso? Claro que não! Mas o que interessa? Toda a gente sabe que estas questões não têm solução e a Maitena, pelo menos diverte. Com um sorriso nos lábios, vai sentir-se aliviada ao descobrir que o que se passa no seu quotidiano é exactamente o mesmo que se passa no de milhões de mulheres. E, embora com alguma dificuldade, acabará por aceitar que os homems têm razão numa coisa: nós mulheres somos todas iguais…ou quase todas. O que nos diferencia … é o grau de perturbação.”
In “Nós, as Mulheres 2” de Maitena

O teste medidor do grau de perturbação da Maitena fica para a próxima e mais alguns cartoons.

Aliás...acho que vou fazer disto rúbrica, do tipo: "Maitena save my day"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O 25 de Abril dentro de cada um de nós...

A liberdade é uma coisa curiosa...e, sem dúvida, não está nas nossas algemas, mas na nossa cabeça.

Alguns são completamente livres mas vivem amarrados a si próprios e dentro de fronteiras impostas por si próprios ...


Mas outros há que nem a maior barreira do mundo os consegue aprisionar. Cordas, correntes, grades ou muralhas, nada vale quando a liberdade da mente é maior que o próprio universo...

E, nos sonhos, tudo é possivel...

Deu-me p'ra isto...;-)

OS VERDADEIROS CROMOS, PARTE V



De acordo com o previamente combinado com a Calos, falta apenas uma personagem para encerrar esta rubrica dos Verdadeiros Cromos. É ele, nem mais nem menos que


O CHUPETA


Este sim, é O verdadeiro cromo, não só porque sempre foi cromo mas principalmente porque continua, ainda hoje, a ser cromo!

O Chupeta é o personagem que acompanhou toda a nossa existencia e que continua ainda hoje igualzinho a si próprio.
O Chupeta fala esquisito, é pitosga como uma toupeira, é teimoso como uma mula e é chato como a potassa.
Tem uma fixação por putas e por mulheres em geral. Vai às putas a todo o lado, à Nazaré, a Lisboa, onde calha. Vai a todos os bailes para onde arranja boleia. Passa a vida a cravar cigarros e minis.
Nos ultimos anos descobriu as "ucrânias" (umas casadas outras solteiras, é na é, é na é?)
Não sei muitas histórias do Chupeta, a melhor que recordo nem sequer é dele, é de um duplo. Quando há cerca de 10 anos atrás (já? o tempo foge...) fizemos a revista à portuguesa Aperta o Cinto Oh Zé, o Rui Pires (desculpem, Capaz) fez uma interpretação do Chupeta digna de Hollywood. Lembro-me de estarmos todos, na estreia da revista, a espreitar pelos buraquinhos da cortina que estava a fechar o palco, à espera das reacções do público quando o "Chupeta" entrasse pelo fundo da sala, como se viesse da rua. Foi de morrer a rir, houve quem se levantasse para o ir levar para fora da sala.
Foi a partir daí que ambos (o Alexandre e o Rui) ficaram famosos!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRESIDENCIAIS

E pronto, temos presidente novo/velho!
Eu, por acaso, até gosto do Cavaco.
Pronto, já lá vêm as criticas e as boquitas políticas. Podem criticar à vontade, não me afecta nem um bocadinho. É que eu de política percebo quase tanto como de física nuclear, ou seja, ainda menos do que de futebol...
Mas tenho as minhas simpatias e com o Cavaco simpatizo, porque me parece sério. Até me podem vir dizer aquelas coisas da epoca do cavaquismo, e do autismo da falta de discussão democrática e tudo e tudo. Prontos, mas tenho saudades dessa época em que tinhamos esperança, em que se via o país a crescer, em que por momentos fugazes as revistas de análise económica internacional falavam do "milagre económico" de Portugal.
E lembro-me da alegria das vias de comunicação a serem construidas e do que significou na minha vida a construção da A1 no troço que nos fica à porta e que reduziu a minha viagem semanal de e para Lisboa em uma hora, nesses tempos longinquos em que a ida para a faculdade dividia a minha semana em dois compartimentos estanques: a "semana" e o "fim de semana".
Já estou a divagar, nada disso interessa à actual conjuntura politico social e económica nem às actuais eleições presidenciais.
Mas gosto do Cavaco, pronto.
Acho que nós portugueses, gostamos de ter um pai que mande em nós e nos dê conforto, por isso esperamos pelo D. Sebastião, por isso ainda vai havendo quem diga que no tempo do Salazar é que era bom.
Precisamos da segurança do puxão de orelhas quando fazemos algum disparate, do tipo: ah, endividaste-te, estouraste o plafond dos cartões de crédito? Toma lá um tabefe e vais para a cama sem ver televisão.
Esta coisa da democracia é complicada, temos que nos esforçar, temos que pensar e decidir. É mais fácil ter um pequeno, vá, como é que eu hei-de colocar esta questão... ditador (não um DITADOR, mas um... ditadorzinho), a mandar em nós, um pai, um patrão, para estarmos sossegadinhos e podermos dizer mal "dos que lá estão".
É mais confortavel. Se calhar nem precisávamos de votar... e já não tinhamos que estar sempre a maçar-nos com os ralhetes dos políticos por causa da abstenção.
Se calhar a solução era mesmo a monarquia e já não se falava mais nisso...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E o que é que se faz quando temos a luz desligada porque estão dois senhores a arranjar o ar condicionado porque andamos desde segunda feira a trabalhar de sobretudo vestido porque isto tinha que avariar logo agora e já não há paciencia para estar a olhar para o ecran do computador todo preto e não poder fazer nada e... ahn? O que é que se faz, ahn?
Vai-se para casa fazer croquetes ou sopa ou coser almofadas ou coisas assim tudo menos estar aqui mais uma tarde cheia de frio a olhar para os homens do ar condicionado liga daqui desliga dali e a gente a sentir-me frustrada com aparelhos superelectrónicos cheios de botõezinhos a acender a a apagar e barulhinhos assim prrriiim.
Prontos, levanto o dedo do meio e vou para casa que não aturo isto mais uma tarde!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MAIS PÉROLAS...

... que desconhecia, mas que, entretanto, me foram apresentadas por amigos sempre atentos:
-És um cunhenha;
- (o mesmo cagarim cagarou-se) é um pássaro que veio das ilhas, que cagou para a mãe e para as filhas;
- Fostes fazer a cafurina? (NT foste à cabeleireira?);
- És um panal tomates;
- Isto é tudo gado das Caldas!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PÉROLAS DO LÉXICO MINDRICO

Aqui ficam alguma pérolas do vasto léxico mindrico, que nunca ouvi em mais lado nenhum e algumas bem gostaria de saber o o que querem dizer:
Santana adorada qu'é avó de Cristo e mãe de Maria!
Mouta carrasco!
Alarga-te colete que estás em casa de um amigo!
Tão!
Tal tá a moenga!
Ah cachpinha!
Cagarim cagarou-se era um passarinho que veio lá das Índias chamado tatebitates.
Chora Lino qu'as casas tão árder!
Temos o burro nas couves!
Ain ain!
O que tu vais de lustroso!
Santana da Carnota qu'é p'ra lá d'Alanqué!
Tou chinha de fezes!
Moi-te Júlia!
Ah cachpinha és tão azadinha!
Ah nina (de quem és tu filha?)
Alé!
Na tens trambelhos nenhuns.
E a piece de resistence que nunca ouvi mas me contaram ontem: "A vida tá entre dois cagares: o cagar demais e o cagar de menos".

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CONVERSAS DE RAPARIGAS - IV

Esta conversa de raparigas é real. Passou-se entre a minha avó, que faz 90 anos no mês que vem (e que dá todo um novo conteudo à palavra "rabiteza") e a cunhada dela, alguns anos mais nova. Devo dizer, para ilustrar a conversa, que estas duas velhotas, ambas actualmente viúvas, passaram toda a sua vida juntas. Foram sócias de uma fábrica de malhas onde ambas trabalhavam lado a lado na mesa de corte, construiram duas casas rigorosamente iguais, mobiladas exactamente da mesma maneira, mas uma do lado direito e a outra do lado esquerdo, como se as casas se estivem permanentemente a olhar ao espelho. Hoje partilham as longas horas do dia, as idas ao mercado, à missa, ao cemitério. Penso que nenhuma delas nunca teve outro conceito de "melhor amiga", apesar de se tratarem por você e por "cnhada" (não falta um u na palavra, é mesmo cnhada)
Pois, um dia a minha mãe foi a Roma, ver o Papa, e decidiu levar as duas velhotas. Estavam numa excitação que não se podiam conter, penso que era a primeira vez que ambas andavam de avião.
Quando me fui despedir delas, estavam ambas no banco de trás do carro, nervosissimas, pareciam duas crianças, aos risinhos, com os seus casacos compridos muito compostos, as malinhas de mão e os caracois acabadinhos de sair dos rolos, rígidos de laca.
A minha tia exibia, orgulhosa, um verniz cor de rosa nas unhas. Meti-me com ela "Então, tia, vai toda bonita, unhas pintadas e tudo!" Resposta: "Ah, vê lá tu... já dsserem hoje umas p´às outras, qusará ist hoije?". Referia-se às unhas.
Antológico.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CARLOS CASTRO

Soube agora que morreu o Carlos Castro "alegadamente" assassinado, "alegadamente" por um modelo, "alegadamente" seu companheiro (quando se tratam de noticias escabrosas nos meios de comunicação social de grande audiencia, como é o nosso blog, tem que se pôr a palavra alegadamente antes de cada afirmação, não vá o diabo tecê-las e caírem-nos em cima não sei quantos processos por difamação...)
Pois, parece, então que o simpático anjinho que dá pelo nome não menos angelical de Renato, se terá passado da marmita e vai de espancar o cronista durante uma hora, assentar-lhe com um ecran de computador pela cabeça e, não contante com isso, "mutilá-lo sexualmente" (as palavras não são minhas, transcrevi-as despudoradamente e sem qualquer respeito pelos direitos de autor de uma noticia que li na internet).
Xiça!!!
Que o anjinho não é de modas!
Sabem de quem é a culpa disto tudo? É dos filmes, que agora as crianças andam todas com a cabeça cheia destas coisas (sim, porque o dito anjinho não conta mais do que 21 aninhos, ainda nem devia ser autorizado a viajar para fora do país sem ser acompanhedo pelos pais).
Isto é muito Schwarzenegger, muito Songoku, muito jogo de porrada na Play Station, e depois (agora falando a sério) perde-se completamente a noção da realidade, do que é moralmente aceitavel. Dar um tiro em alguém é normal, espancar alguém até à morte num quarto de hotel em Nova York é uma coisa trivial, tão natural como a sua sede...
Razão tem a minha avózinha, este mundo está perdido.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

INICIAMOS O CAMINHO PARA A FAMA!

Fomos indicadas no Portal O Minderico como blog a seguir com atenção! Estamos a caminho do estrelato!!!!!

MACONDO


Ainda a propósito dos 100 Anos de Solidão, encontrei esta imagem espectacular de Macondo.É mesmo assim que o imagino...


Realmente, este é, para mim, o melhor livro que alguma vez foi escrito! Até parece que tenho alguma comissão nos direitos de autor (não tenho... quem me dera, pelo menos, conhecer o autor...)tal é a publicidade que faço do livro.
Até tenho uma amiga que diz que, em vez da Bíblia, devia ser este o livro nas mesas de cabeceira dos hoteis...
Não chego a tanto. Até porque essa imagem da Biblia nas mesas de cabeceira dos hoteis tonou-se um bocado perturbadora quando uma vez abri uma gaveta de uma mesa de cabeceira num hotel e encontrei um enorme... VIBRADOR!!! (daqueles mesmo reais, que parecem mesmo a sério... se é que isso é possivel, mas enfim da própria cor e feitio...). Penso que não era cortesia do hotel, acho que ficou esquecido.
Não, não o usei, não comecem já com ideias.
Mas voltando ao livro, já tinha falado com a Calos de iniciarmos uma rubrica chamada "O Livro Que Estou a Ler" aqui no blog. Eu começaria, sem sombra de dúvidas, por este livro. Não porque o esteja efectivamente a ler, já o li há muitos anos (mar de vinte...), apesar de me lembrar das personagens e dos acontecimentos quase como se o tivesse lido ontem. São episódios fantásticos, como aquele em que toda a população de Macondo começou a ser lentamente invadida por uma febre de esquecimento, iam a pouco e pouco deixando de se lembrar das coisas mais triviais da vida, até que chegaram ao ponto de ter de colar papelinhos nas coisas para se lembrarem como se chamavam e para que serviam, ou a incrivel história de Remédios a Bela, que era tão bela, que os homens morriam ou enlouqueciam só de olhar para ela, mas tão distraida e desinteressada do mundo que não dava qualquer importância à sua beleza, nem às coisas banais da existencia, como por exemplo, as roupas, então saía para a rua nua e os homens caiam para o lado à sua passagem...
Enfim, o livro corta-nos o fôlego de tanto acontecimento mirabolante e a densidade da história obriga-nos a parar de vez em quando para assimilar tanta loucura desvairada.
É inutil dizer que sou a maior fã do Gabriel Garcia Marques. Quando saiu o último livro dele (penso que será mesmo o último) Memória das Minhas Putas Tristes, eu comprei o livro e tive-o em casa durante duas ou três semanas, guardando uma espécie de temor reverencial e uma felicidade escondida, só de pensar que tinha um livro dele por ler. Depois comecei a ler só dois ou três parágrafos de cada vez, para o livro me durar mais tempo... Enfim, a minha relação com os livros é uma bocado dramática.
Mas aconselho a quem nunca leu, é o melhor livro de sempre, para mim.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A leitura é a viagem de quem não pode apanhar o comboio


A minha melhor amiga ofereceu-me este livro no Natal dizendo que achava inaceitável que a sua melhor amiga, neste caso... eu, nunca tivesse lido o livro da sua vida.

Pois bem...alguns Buendías depois, temperados por acontecimentos incriveis, a minha leitura lá vai andando.

É uma obra fantástica, sem dúvida.
Obrigado amiga.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

OS VERDADEIROS CROMOS, PARTE IV

O ZAIRO

O Zairo é daqueles cromos que ainda se mantém no activo embora com um grau de cromisse bastante menos evidente. Era, e é conhecido pelos seus óculos de lentes fundo de garrafa, pela sua baixa estatura e pelo seu velho fetiche de Exibicionista. Zairo vivia, e acho que ainda vive, numa casa em frente á farmácia de Minde, pleno centro comercial e passagem obrigatória de dezenas de pessoas incluindo crianças que vão e vêm da escola. Já há 30 anos assim era. Talvez ainda mais do que é hoje devido à grande afluência das “mulheres das fábricas” que então dinamizavam o centro de Minde. E foi numa tarde há 30 anos atrás, dessas tardes em que o centro de Minde era concorrido e eu regressava da Escola com 2 ou 3 amigas (eu morava na Praça 14 de Agosto, na altura) que para nosso espanto ou mesmo total horror haveríamos de ter a nossa primeira experiência sexual, nomeadamente a nossa primeira experiência de sexo visual. Pela primeira vez na vida e claramente, com alguns anos de emancipação, vimos o primeiro homem nu. O Zairo exibia a sua masculinidade, sem pudor, e com um sorriso nos lábios típico de quem oferece aos transeuntes um delicioso presente, neste caso sem embrulho. Claro que todas gritámos de horror e fugimos apressadamente rindo da situação insólita.

Claro que, passados 30 anos, ainda faço terapia para minimizar os efeitos psicológicos que esse episódio teve ao longo da minha vida. Afinal…o primeiro homem que vi nu, não foi o Brad Pitt, não foi o Geoge Clonney, nem tampouco o Tom Cruise…
Foi o Zairo.
E isto não é bom. De todo...
Mas enfim...

Parece que, fora esta loucura exibicionista, o Zairo nunca fez mal a ninguém chegando mesmo a levar algumas repreensões de alguns maridos mais violentos e ciumentos e, now a days, consta que tenha mesmo sido vítima de burla nupcial…