Feridas e calos: duas amigas com coisas para dizer ao mundo. Sim, nós sabemos, as mulheres têm sempre coisas para dizer, e têm sempre razão!... Acontece que estas coisas são mesmo importante e por isso têm de ficar registadas para a posteridade. Agora a sério: isto não tem interesse nenhum, portanto fuja daqui enquanto é tempo!... E para os Xarales que nos soletrem: Viva o Ninhou!
quarta-feira, 6 de julho de 2011
OS GATOS DO HENRIQUE
O prometido é devido e já há algum tempo que estou em falta com o cromo dos gatos do Henrique nos anos 80.
Esta tendência para as tiranias em relação aos gatos já vem de família. A avó do Henrique, Hermínia (na tua família toda a gente tem nomes começados por H?) tinha por hábito fazer uns pequenos pompons de lã que cosia (sim, com uma agulha e uma linha) às orelhas do gatos. Se ignorarmos o facto de ser um bocadinho cruel, até deviam ficar bem amorosos. Vá poucas queixinhas, as japonesas andavam com sapatos de madeira para os pés não crescerem e as europeias chegavam a partir costelas de tanto apertarem os espartilhos, uns pomponzinhos cosidos nas orelhas também não é assim tão grave…
Também era costume da avó Hermínia atar cascas de nozes à patas do gato para o ver a fazer sapateado num telhado de zinco. Engelhoso!
O Henrique, portanto, cresceu a ver que aos gatos se podia fazer quase tudo. Por exemplo, via a avó Hermínia a dar aguardente com pimenta aos gatos quando eles estavam doentes(!) e um dia experimentou. Despejou um copo de aguardente pela goela de um gato que estava mais murchito. Ao gato só lhe faltou cantar a Rosa Tirana e pedir lume aos candeeiros de iluminação pública.
Mas as hostilidades começaram verdadeiramente quando um dia leu numa enciclopédia que os gatos caem sempre de pé.
Com o seu rigor científico, o Henrique não se fiou na explicação e não descansou enquanto não foi tirar as teimas com experimentação sistemática.
Então começou a atirar o seu gato Tótó (com um nome destes estava destinado…) de alturas cada vez maiores. Caia sempre de pé. Mas o Henrique não se dava por vencido. Claro que o gato era cada vez mais difícil de apanhar (era Tótó, mas não era parvo). Por fim atirou o gato da janela do primeiro andar para a rua, mas soltou-o de costas e com o rabo enrolado nas pernas. O gato caiu de costas e o Henrique nunca mais o conseguiu apanhar. Mas provou que a enciclopédia estava errada.
Outra vez o gato (penso que já não era o mesmo) adormeceu ao pé do lume e ficou com os bigodes chamuscados de um dos lados. O Henrique achou que lhe estragava a simetria do rosto e decidiu cortar do outro lado. Mas nunca teve jeito para cabeleireiro e ficou curto desse lado também… foi cortando, cortando até que o gato ficou sem bigodes. O gato morreu 15 dias depois. O Henrique não sabia que os gatos precisam dos bigodes para se orientarem o mundo.
Só mais uma. O Henrique levou um gato abandonado para casa e o pai (do Henrique, não do gato…) não o queria. Como não se conseguia livrar do gato que o seguia por toda a parte, decidiu atar-lhe umas latas ao rabo a ver se ele se assustava. O Gato fugia, mas acabava sempre por voltar. Então lembrou-se de pôr bombinhas de carnaval dentro das latas. Parecia uma gato atómico! Mas acabou por voltar…
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6 comentários:
Alem das histórias dos gatos ele tb tem uns cromos bacanos com cães...
Cump
AC
...e eu q os trato tão bem, e eles quinam todos lá em casa. Todos excepto o Furia da Noite ou Cambalhotas (é à vontade do freguês).
Quem é esse gajo????
Mesmo assim acho que não supera a D.Herminia...pompons nas orelhas é muito bom.
O H tinha uns avós bem "porreiros".
Quem não se lembra do avô Ti Domingos, que em troca de um beijinho um rebuçadinho.
As dos cães vêm a seguir.
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