i mac

Ái Jesus!

O amigo Wolfinho deixou-me agora aqui um equipamento tecnológico do mais topo do topo que pode existir: um i Mac. Emprestado gentilmente pela Casa do Povo para ver se eu me habituo à coisa. De maneiras que, aqui está a Calos a postar neste Brad Pitt da tecnologia e a sorrir de cada vez que olho para baixo e vejo a maçãzinha com a dentadinha. Ele é lindo. Cinza clarinho. Tem um ecran maior e com mais definição que a minha televisão e embora não tendo nada à mostra, tem tudinho cá dentro e do melhor.

Sinto-me como se depois de uma vida a andar de autocarro me oferecessem um Ferrari; como se depois de um jejum rigoroso de 40 dias a pão e água, a minha primeira refeição fosse um cocktail de gambas com foie grass no El Bulli feito pelo próprio Ferran Adrià; como se fosse freira e após uma vida de celibato, tivesse uma tórrida noite de amor com o George Clooney.

Até ver está tudo a correr bem e já sinto a cumplicidade, ou não tivesse eu este jeito especial e inato para me habituar depressa ao que é bom e extremamente caro. Se, por algum azar do acaso, a freira mandar o Clooney abaixo da cama e ele partir o nariz, que é como quem diz: se eu der cabo desta m*rda, bem posso fazer peças de teatro durante os próximos 50 anos para compensar. Como diz e bem a minha avó Clementina: "Comida fina em corpo grosso dá caganeira na certa!"

PS - Brevemente novo episódio da "Amélia e a vida no campo". Tenho andado com falta de inspiração.