A compra de um biquini é uma luta hercúlea

Nunca me tinha dado conta da dificuldade que é comprar um biquini, para uma mulher de 36 anos que teve 3 filhos. Seguramente que mais depressa escolhia uma casa, um automóvel ou até mesmo um vestido de noiva. Experimentar biquínis pode ser uma tarefa dura e até mesmo cruel quando já não temos o corpo que tínhamos aos vinte anos.
“ Este deixa tudo à mostra! Este tapa demasiado! Com este fico sem mamas! Com este, rabo de mais! Com este rabo de menos! Este, por sua vez, faz-me parecer a minha avó! Mas com este pareço uma brasileira doida e desvairada, versão mole, magra e branca. Este no peito não está mal, mas no rabo valha-me Deus! O outro assenta bem na bunda mas em cima fico tão lisa como a lámina de um X-acto!”
Depois temos aquelas partes de cima que têm por dentro umas almofadas enormes, muito maiores que as mamas, que empurram as ditas cujas para cima. Experimentei um. “Ena, ena! Mas de onde é que apareceu isto tudo?!?!”. Depressa desisti! Não quero andar pela praia a enganar os meninos e a fazer publicidade enganosa. Mais tarde ou mais cedo a verdade prevalece.
Após quase uma hora de veste e despe lá me decidi. Foi a escolha perfeita? Sei lá! Foi a escolha possível. Mas pelo menos, muito ou pouco, é tudo meu.
E digam lá, não me fica mal de todo, pois não?
;-)