Tudo começou como uma brincadeira. Há dois anos pensai que seria engraçado, eu e os meus filhos, prepararmos um mini teatrinho de natal para apresentar à família na noite de consoada. Comecei a amadurecer a ideia, a pensar na história e no guarda-roupa, e cheguei à conclusão que não valia a pena tanto trabalho para ficar só aqui em casa. Foi aqui que a coisa exponenciou. Pedi ajuda à Feridas, aumentámos o elenco e de repente a minha ideia simples estava a actuar no cine-teatro para as escolas e para toda a população e no ano seguinte éramos contratados pela câmara municipal.
Há 3 anos que fazemos isto, um musical de natal concebido, ensaiado e representado por nós. Sempre a mesma equipa, mais palmo menos dedo, que inclui pais e filhos, o que torna a coisa muitíssimo especial.
Claro que nós adoramos fazer isto, desde a invenção da história, aos figurinos, os cenários, as músicas, etc...tudo isto nos faz vibrar e nos entusiasma. Temos momentos de stress, muitos, porque esta é uma altura de muito trabalho para toda a gente, e os dias só têm 24 horas, o que em certas alturas como as ferias e o natal por exemplo, pode ser muito desagradável. Mas mais que a emoção de partilhar o palco com eles quando no fim dos espectáculos cantamos a música final para uma plateia cheia de crianças com brilho nos olhos, gosto de pensar que estou a mudar os meus filhos para sempre, estou a fazer-lhes história, estou a construir memórias inesquecíveis dentro deles, memórias de uma infância e juventude divertida, construtiva e empreendedora. E sei que, algures no futuro, num Natal de 2040, talvez esteja a assistir aos vídeos destes teatros, a rir e a relembrar, com os meus filhos e netos. Quem sabe...
A estreia do "Lobo que queria ser pai Natal" é já amanhã, numa sessão privada para a câmara municipal, funcionários municipais e famílias, mas no Domingo faremos a primeira sessão para o público em geral, também no Teatro S. Pedro em Alcanena.
Depois, dia 17 Quinta-feira, faremos uma sessão em Minde para as escolas e no Domingo dia 20 a última actuação para o público em geral, também em Minde, no nosso querido cine-teatro, velhinho mas, felizmente, com uma história que não cabe naquelas 4 paredes húmidas.
Viva o teatro!
1 comentário:
que orgulho!
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