quinta-feira, 17 de outubro de 2013

UMA MÃO CHEIA DE NADA E OUTRA DE COISA NENHUMA

Ontem foi assim, montar um pavilhão de exposições a partir de... nada.
A Vera, do Cidles, pediu-nos ajuda já há algum tempo para a feira das línguas ameaçadas, que começa hoje. Ok, pedem-nos ajuda para muita coisa... e nós não costumamos dizer que não.
Mas desta vez foi diferente: porque o Cidles são poucas pessoas e o evento não é bem uma daquelas coisas caseirinhas que estamos sempre a fazer em Minde. Não, desta vez é um evento grande, internacional. Vêm delegações de 11 países à nossa santa terrinha, mostrar e divulgar as suas línguas. Há muitas destas pessoas que vêm a Portugal pela primeira vez. E vão a uma conferencia a Lisboa? Vão a uma exposição no Porto? Vão a um congresso no Algarve?
Não! Vêm a Minde! A MINDE!
Ao nosso pequeno penico no meio da Serra d'Aire.
E que impressão queremos nós causar a esta gente? O que queremos que digam de nós quando voltarem para as suas terras e para as suas universidades. Pois, porque não são turistas que vêm, são professores catedráticos, são estudiosos, são artistas que divulgam as suas culturas ameaçadas.
Gostava de colocar estas perguntas à nossa Presidente da Câmara. À nossa presidente, que prometeu pouco e parte não cumpriu. Á nossa presidente que teve a distinta lata de dizer que já estava a colaborar muito por imprimir material na reprografia da Câmara e depois até nisso falhou: deu ordens ao funcionário para passar outros trabalhos à frente deste. Ou seja, os programas foram trazidos da Câmara ontem à noite. O Festival começou hoje...
E nesta mesma semana disse que afinal já não podia dar os 5000€ com que se tinha comprometido.
Enfim, em Minde já estamos habituados a fazer tudo sozinhos, o que não sair das mãos do povo, não acontece. Mas desta vez, bolas, é um evento importante que poria qualquer concelho a estalar de orgulho (qualquer concelho, menos o nosso...)
Ou seja, o que pretendo dizer é que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia deram apoio, sim, mas manifestamente insuficiente.
E assim foi que a Calos e eu ontem, ajudadas por alguns voluntários de boa vontade, montamos um pavilhão de exposições a partir de lixo, cordel, alcatifas em segunda mão, trapalhadas que andam pela fábrica, objetos de cena do teatro e outras tralhas semelhantes.
No final não ficou mau. O material foi quase todo de borla, o pior vai ser pagar às designers!

9 comentários:

Anónimo disse...

Olha que as eleições já passaram...

Para ti o CIDLES é a coisa mais importante em Minde e aquilo onde a Câmara e a Junta têm de gastar mais dinheiro.

Mas humildemente deverias ponderar se todos pensamos como tu. É que se calhar não. Muitos pensamos que não.

E deverias também ver o que é que é dado pela Junta e pela Câmara a uma associação que tem meia-dúzia de sócios e que nasceu há meia-dúzia de anos. Ou achas que não tem sido dado dinheiro nos últimos 3 anos ao CIDLES?

Sabes que sim. Já vieram algumas dezenas de milhares de euros da Câmara e da Junta. Lê o Jornal de Minde que estão lá os últimos apoios e está lá o CIDLES.

Pessoalmente acho o CIDLES importante e este festival uma óptima ideia. E deve ser muito apoiado.

Mas temos de ter a inteligência de não olhar só para os nossos umbigos porque há quem também precise de dinheiro e há quem pense que dar dinheiro ao CIDLES (de que a maioria das pessoas nunca ouviu falar) não é prioritário. E porque não gostamos de quem momentaneamente está na Câmara e na Junta.

Ou não há outros festivais, espectáculos, projectos e serenatas em Minde e em Alcanena?!

Gostava é que tu e a tal Vera Ferreira tivessem a coragem de na cara da Presidente da Câmara e do Presidente da Junta dizerem-lhes que eles prometeram e não cumpriram.

Porque estão para aqui a mandar isto para o ar mas daqui por uns meses vão lá estar outra vez de mão estendida... Como de costume e como é hábito em muita gente.

Aliás, basta ver que a tal de Vera Ferreira colocou como associados fundadores do CIDLES a Presidente da Câmara, o vereador de Minde e outros. Foi porquê? Como é óbvio foi para terem apoios...

Palavras leva-as o vento. Mostra-nos lá o contrato-programa ou uma carta ou um e-mail onde estejam essas promessas preto no branco.

Não existem, não é...?

Não podemos acreditar em tudo o que nos dizem à volta de um copo de imperial...

Alexandre Pires disse...

Pelo que li, Feridas, escreveste com conhecimento de causa. Só uma sugestão, questiona a Vera e a Rita acerca do apoio, manifestamente insuficiente, como escreves, da Junta de Freguesia de Minde. Como foi dado e em que moldes. Para uns, muito é pouco.
Para outros pouco pode significar muito.

Feridas disse...

Querido anônimo, quanto a olhar para umbigos, por acaso até gosto de olhar para o meu, que e benfeitinho e tem um piercing de que muito me orgulho. E quanto a conversas a volta de um copo de imperial, prefiro continuar a acreditar nelas, toda a gente sabe que são as melhores (in vino veritas).
PS adorei ver-te na feira das línguas ameaçadas. Estas com bom aspeto. Tens feito dieta?

Anónimo disse...

LIKE Feridas, LIKE!!!

Anónimo disse...

Muito interessante só pendem,mas expliquem então uma coisa com uma verba de 26 mil euros para gastar com artistas de borla para onde e onde é gasto tanto dinheiro.

Anónimo disse...

Caro amigo ou amiga. Tremenda confusão que para aí vai. Uma coisa é ter um orçamento de 27.000 euros,outra é ter esses 27.000 para gastar.E porque houve promessas não cumpridas, nunca houve esse dinheiro.
Portanto teve que haver muitas boas vontades e algumas atitudes de firmeza (Junta de Freguesia evitou o boicote aos transportes) para que um belo projecto de divulgar Minde no estrangeiro não fosse um fiasco.Parabens á organização e a todos os voluntários especialmente á Catarina e á Elsa que de nada fazem muito. Minde só tem que se orgulhar e abaixo os sentimentos mesquinhos e a inveja.

Anónimo disse...

Para o primeiro anonimo que fala das eleições.
Porque as eleições já passaram,é bom saberes que em termos monetários,a contribuição da Camara para o Cidles no corrente ano e principalmente para este evento saldou-se por uns miseros ZERO euros.

E deixa de tratar as pessoas que adoptaram Minde como a sua terra,por a Tal Vera Ferreira. É feio.

Anónimo disse...

Acho incrível as barbaridades que para aqui vão. Até nestas coisas conseguem arranjar pequenas confusões e depois, já se sabe, os penduras da política aparecem logo para se aproveitar...

Feridas, devem ter-te enganado. Informa-te melhor.

Um conselho para se evitarem estas situações: todos os apoios públicos serem mesmo públicos! Que é como quem diz todos sabermos quem deu o quê. A Câmara já publica isso anualmente mas devia fazê-lo com mais frequência, se calhar.

A Junta, já se sabe... É um mistério e um buraco negro.

Um último conselho para a Junta e para a Câmara (e para quem quiser mais): para lidar com algumas pessoas, é sempre aconselhável fazê-lo apenas por escrito ou sempre mas sempre na presença de mais que uma testemunha.

Porque há pessoas que não têm carácter nenhum.

Zé Cueca disse...

Para a azia - RENNIE
ICA