Vítor Gaspar não é alfacinha, não é filhinho de paizinho
rico da linha, nasceu nas beiras. Não tem culpa da situação em que os nossos
governantes dos últimos 20 anos colocaram o país, embora tivesse sempre ligado
à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e ao banco de Portugal. O Sr.
tinha uma vida normal e uma performance sexual também normal, até ao convite de
Passos Coelho para integrar o 19ª Governo Constitucional de Portugal.
Desde aí o Sr. perdeu a alegria, o sorriso, a capacidade de
se divertir e beber uns copos, a função eréctil e perdeu ainda os amigos. Não me atirem pedras mas...eu simpatizo com o
Sr. e acho que ele é dos poucos hóspedes de S. Bento, das últimas décadas, que
sabe bem a tabuada e domina com astúcia as equações da matemática.
Se concordo com as medidas que tem tomado? Claro que não! A
maior parte delas. Mas, mesmo assim, não posso deixar de olhar para aquela
expressão, de quem não dorme 2 horas seguidas durante a noite sem ter pesadelos
com o orçamento de estado ou com as 1000 caricaturas suas que circulam pelas
redes sociais, sem elevar os meus níveis de piedade.
Além disso, o maior defeito do Sr. é precisamente aquele que
ninguém lhe aponta e muito poucos conhecem: é primo direito de Francisco Louçã.
É odiado por 10 milhões de pessoas, é um bode expiatório de
todo um governo e de 2 partidos coligados, deixou de conseguir fazer o amor e
vive neste momento uma grave crise conjugal, os seus filhos não lhe falam porque
são gozados na escola, vai ficar para a história como o Salazarinho - o
ministro da grande depressão, mas ok, tudo isto é suportável, mas ser primo do Louçã e ter de gramar com ele nos jantares de Natal lá nas beiras, isso é que
não!
Não se escolhe a família, não é?...
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