A partir de hoje sou, oficialmente, a mulher do emigrante.
O meu principe foi trabalhar para o estrangeiro, o centro do meu mundo agora está no centro da Europa, mais especificamente em Bucareste.
Agora suspiro pelo meu querido mês de Agosto, vou passar a parir um filho todos os anos em Maio e vou mandar encomendas de chouriças e postas de bacalhau pelo correio.
Pois, é o sinal dos tempos, é a crise, pois, há sempre quem esteja pior, olha no meu tempo, fui de assalto, só vinha a casa de dois em dois anos e como nem eu nem a minha patroa sabiamos ler, tinha que ditar as cartas lá a um meu patrício e ela tinha que ir à professora da escola para lhas ler...
Sim, pois, tá bem, terão muita razão, mas com o mal dos outros estou eu bem e agora só me apetece hibernar e só acordar de novo quando for Primavera, ou seja, quando o sol da minha vida aparecer outra vez.
Mas não posso, a vida continua, os mesfilhos precisam de mim e eu também me hei-de fartar de tanta melancolia.
Temos que ver as coisas pelo lado positivo: é mais uma excelente desculpa para viajar!
2 comentários:
Tem calma amiga. Tudo vai ficar bem! Eu sei que não é o mesmo nem perto, mas podes sempre contar comigo. Sabes disso não sabes?
Sim, querida. Obrigada!
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