Crónicas do Alive #3

Quarto e último dia do festival. calor, menos gente, bandas menos emblemáticas. O palco principal lá se mantém de pé mas agarrado por duas gruas numa de desenrascanço ao bom estilo português. Já estamos todos a suspirar pelas nossas banheiras e pelas camas de nossas casas.
(Não que eu esteja mal instalada, não senhor! O sitio onde durmo é tão perfeito que até tenho na mesa de cabeceira o Principezinho, um dos livros da minha vida, edição de 1995.)

Mas o cansaço não nos impede de fazer-mos o melhor pão com chouriço do mundo, industrialmente, como se de uma verdadeira padaria se tratasse.
Ora...1,2,3,4,5,6,7,8,...1203 a 3€ cada um...é....trevenove vintesete...hãaaaa...é fazer as contas...
Chouricinho...pouco porque faz asia, e depois anda tudo estandidinho aí pelo chão e a culpa é do Sr. Showriço. Duas estrelinhas da Aguiar Family: a prima Tininha e o primo Ben. Dois padeiros de categoria.
Este é o melhor forneiro do mundo, o "Pai Nuno". Está com esta cara séria mas é só para a foto. Dez minutos antes bombava na tendinha ao som do DJ Steve Aoki (muito bom, por acaso!).

Este é o homem responsável pelas massas e pela amassadeira, mais uma estrela da Aguiar Family, o Marco António, mais conhecido por "Padlinho". Descobrimos ontem que foi pai há 4 anos de um Eurico Alexandre da Silva e ninguém sabia, nem ele próprio. Parece que "arrecadou o grilo" como diz o Felix.;-)

Comam pãozinho meninos, comam, que eu tenho 3 filhos para criar e uma casa para pagar ao banco...
E ontem às 4 da manhã o ambiente em frente à nossa barraquinha era este...
A música ainda não aparece na foto, mas posso dizer-vos que estava a bombar e a por tudo a abanar o capacete.

Crónicas do Alive #2,5 - Nunca tal...

Já toda a gente deve saber mas tenho de dizer: uma parte do palco principal abateu e não houve musica nele até à uma da manhã. Os 30 scs 2 mars levaram mais 3 toneladas de material do que o palco estava preparado para aguentar. E nós, aqui tão perto, só estranhavamos tanta gente que comia, ...comia, ...e voltava a comer. "Mas o que é que se passa hoje com esta gente que não vai ver os concertos?" e vai de fazer bifanas como se não houvesse amanhã. Até que alguém fora do recinto telefonou e deu a novidade. À 1;00am os 30 lá subiram ao palco ao som da Carmina Burana, mas sem actuar ficaram uma série de bandas entre as quais os tugas Kleft.

Foi bom para nós e amanhã estou a ponderar seriamente ir, sorrateira, desapertar um parafuso ou dois daquela estrutura infernal.

Agora outro assunto.
Já vos falei do empregado do mês? Não?!
Pois bem, ele coze baguetes, ele atende ao balcão, ele orienta o trabalho, ele limpa, ele arruma, ele descasca, ele faz bifanas, ele faz massagens aos outros funcionários e diz que, com uma vassoura no rabo, ainda vai varrendo a barraca enquanto faz tudo isto.
Só tem um problema: nunca está calado.

Agora vou beber mais uma com o "Pai Nuno". Estamos precisados. Já deitamos bifanas pelos olhos...

FICARAM ASSIM

Ficaram assim os lencinhos/porta-chaves que a Calitos começou na madrugada de segunda-feira e os escuteiros acabaram ontem. Estão giros, não estão?
Podem comprá-los baratinhos amanhã e domingo na Mata d' Aire. Ficam com um porta-chaves catita e ajudam o agrupamento.
Também vamos ter jogos giros para entreter o pessoal. Apareçam!

Crónicas do Alive #2

E aqui estou eu a postar directamente do festival. Ontem já não consegui...

Durante a tarde de ontem tivemos a sempre agradável e já esperada visita dos nossos amiguinhos da ASAE. Tudo bem! Nada a declarar mas muita papelada para preencher.

Entretanto lá apareceu o tão aguardado fotografo do DN para tirar a foto que acompanhará a entrevista. (Era divertido e tinha uns olhos verdes lindos!) A foto ficou gira, eu com o meu colar do galito de Barcelos (Viva Portugal, porra!) a sorrir em frente à barraca com um chouricinho na mão. Hoje já falei para a TSF sobre a atitude e a postura da ASAE neste tipo de eventos.

Nas minhas voltinhas pelo recinto eis que me dou com isto. Claro que já encomendei um para ir de férias com os miúdos.

Estes senhores estão sempre atentos aqueles jovens mais inexperientes nestas andanças que fazem asneira. Qual asneira?! Olha, comer um hamburger e depois um gelado. É paragem de digestão na certa!

Os concertos. Gostei de Foo Figthers (escreve-se assim?) mas gostei especialmente de Xutos. Foi um grande concerto que marcou o regresso do guitarrista Zé Pedro recém transplantado ao figado. Eles estavam piégas...sempre abraçados, aos beijos uns aos outros, e mesmo já um pouco carcomidos (o Zé a beber água, o Tim com uns óculos de fundo de garrafa e o Cabeleira todo chupadinho daquela egipcia com que ele anda) mostraram, mais uma vez, que ainda está para nascer uma banda em Portugal que lhes faça sombra.

Estes são o Zeferino, o Falâncio e o Alcides e envergam uma novidade: T-shirts que reagem ao som, tipo equalizador, estão a ver? Simpáticos.

Esta fila não percebi bem. Será para fazer o amor?...

Estas duas carinhas larocas são o Anacleto e o Justino e defendem, propagandam e exemplificam o amor inter-racial...

Estes dois mocinhos são o Euclides e o Bartolomeu. Comeram um gelado em cima de um hamburger, de certeza. Eu não avisei?! Não?! Hã?! Temos de ter cuidado com a digestão.

Hoje, quando cheguei aqui ao recinto, tinha esta surpresa boa à minha espera. Os meus 3 porquinhos! Parece que adivinharam que a mãe está a precisar de miminhos...
;-)

DESCULPEM? OS SENHORES DA MOODY'S DIZEM QUE NÓS SOMOS O QUÊ?

Nós podemos dizer mal de nós próprios.
Podemos passar a vida a queixar-nos.
Podemos pensar que este é um país de cocó.
Mas só nós é que podemos dizer isso.
OS OUTROS NÃO PODEM que nos parece muito mal.
Por isso quando o senhores da Moody´s chamam lá não sei o quê aos nossos bancos e à nossa dívida apetece-nos logos mandá-los àquela parte.
Podem aproveitar este link para mostrarem a vossa (pequena) revolta e ir ao site deles considerá-lo também como lixo.
Votem "I don't like", depois seleccionem "Other" e se quiserem podem adicioanar texto!!

Vamos cortar na Moodys!!!


http://www.kampyle.com/feedback_form/ff-feedback-form.php?site_code=6526504&form_id=4945&lang=en&url=http%3A%2F%2Fwww.moodys.com%2FPages%2Fcontactus.aspx#1#

Ó pá, bolas, já não consigo outra vez por a hiperligação... Ai que nervos que me mete este meu analfabetismos informático...

Crónicas do Alive #1

Um calor do caraças! Os nervos de ver a hora da abertura das portas a chegar com a responsabilidade acrescida de um dia esgotado há meses.
O Sr. Showriço com camiãozinho novo e um refresh na sua imagem, agora, mais ao estilo "Pingo Doce".
A equipa dos showricinhos...sempre a sorrir...ainda não imaginavam o que os esperava...
(uma chamada de atenção para a nova contratação em baixo à direita!...)

A mais feminina de todas as barracas: a Dona Baguete, que é a menina dos meus olhinhos.

Quem tem a equipa mais linda? Quem é?
Paizinhos, não se preocupem que elas estão bem!

Gostei da forma dos palcos secundários.

E às 3 da tarde já se corria desenfreadamente para o palco principal...

Miga, a ti até te pode beijar, mas a mim vai fazer-me um filho!

Adorei esta escultura. Quero uma na minha sala!

Aureliano?! Aureliano Buendía?!

E finalmente...quem é aquele oleoso ali agarrado á "mulher da luta"?





Não tirei fotos do concerto. Não gosto. Os concertos são para curtir e sentir...

OS GATOS DO HENRIQUE

O prometido é devido e já há algum tempo que estou em falta com o cromo dos gatos do Henrique nos anos 80.
Esta tendência para as tiranias em relação aos gatos já vem de família. A avó do Henrique, Hermínia (na tua família toda a gente tem nomes começados por H?) tinha por hábito fazer uns pequenos pompons de lã que cosia (sim, com uma agulha e uma linha) às orelhas do gatos. Se ignorarmos o facto de ser um bocadinho cruel, até deviam ficar bem amorosos. Vá poucas queixinhas, as japonesas andavam com sapatos de madeira para os pés não crescerem e as europeias chegavam a partir costelas de tanto apertarem os espartilhos, uns pomponzinhos cosidos nas orelhas também não é assim tão grave…
Também era costume da avó Hermínia atar cascas de nozes à patas do gato para o ver a fazer sapateado num telhado de zinco. Engelhoso!
O Henrique, portanto, cresceu a ver que aos gatos se podia fazer quase tudo. Por exemplo, via a avó Hermínia a dar aguardente com pimenta aos gatos quando eles estavam doentes(!) e um dia experimentou. Despejou um copo de aguardente pela goela de um gato que estava mais murchito. Ao gato só lhe faltou cantar a Rosa Tirana e pedir lume aos candeeiros de iluminação pública.
Mas as hostilidades começaram verdadeiramente quando um dia leu numa enciclopédia que os gatos caem sempre de pé.
Com o seu rigor científico, o Henrique não se fiou na explicação e não descansou enquanto não foi tirar as teimas com experimentação sistemática.
Então começou a atirar o seu gato Tótó (com um nome destes estava destinado…) de alturas cada vez maiores. Caia sempre de pé. Mas o Henrique não se dava por vencido. Claro que o gato era cada vez mais difícil de apanhar (era Tótó, mas não era parvo). Por fim atirou o gato da janela do primeiro andar para a rua, mas soltou-o de costas e com o rabo enrolado nas pernas. O gato caiu de costas e o Henrique nunca mais o conseguiu apanhar. Mas provou que a enciclopédia estava errada.
Outra vez o gato (penso que já não era o mesmo) adormeceu ao pé do lume e ficou com os bigodes chamuscados de um dos lados. O Henrique achou que lhe estragava a simetria do rosto e decidiu cortar do outro lado. Mas nunca teve jeito para cabeleireiro e ficou curto desse lado também… foi cortando, cortando até que o gato ficou sem bigodes. O gato morreu 15 dias depois. O Henrique não sabia que os gatos precisam dos bigodes para se orientarem o mundo.
Só mais uma. O Henrique levou um gato abandonado para casa e o pai (do Henrique, não do gato…) não o queria. Como não se conseguia livrar do gato que o seguia por toda a parte, decidiu atar-lhe umas latas ao rabo a ver se ele se assustava. O Gato fugia, mas acabava sempre por voltar. Então lembrou-se de pôr bombinhas de carnaval dentro das latas. Parecia uma gato atómico! Mas acabou por voltar…

E pronto!

Depois de muito stress, muito ralhar, muitas limpezas, muito acartar, muito palavrão, 19760 braçadeiras, 3 ou 4 cervejas, 56903 parafusos e porcas, alguns pães com salsichas e uns 48 cigarros, o Sr. Showriço e a Dona Baguete estão aprumadinhos e prontos a bombar.

Depois de toda esta luta, a merecida recompensa: uma sandes de entremeada e uma "jola" de meio litro na roulotte do Campo Grande.
Amanhã levo a maquina de fotos e inicio as minhas crónicas do festival.

CRESCER É UMA SECA...

Quem me dera nunca ter crescido. Quem me dera ter 10 anos e ser o principio de Julho e as férias irem durar para sempre. Quem me dera não saber o que que é IRS nem taxa social única. Quem me dera não ter que fazer jantares nem almoços, não ter empregados nem contas para pagar ao fim do mês. Quem me dera poder deitar-me num fardo de palha a gozar o sol e não pensar em nada, nada, nada...
Crianças do meu país aproveitem, se alguém souber como contactar o Peter Pan e ir para a Terra do Nunca, vá, recusem-se a crescer, não queiram ser grandes, queiram ser pequenos.

Empreitada

Reparem bem na minha empreitada desta noite: milhões e milhões de miniaturas de lenços de escuteiros para eles enrolarem e venderem como porta-chaves.

Elsa, Mário, Adilia, Simão, Dulce e restante chefia, exijo, no mínimo, mas no mínimo, 3 minis e que cantem afinadinhos e em uníssono a "Flor da fragrância" só para mim, para eu recordar os velhos tempos da patrulha Raposa.

Miguinha, faltou fita para 9 lenços de explorador. Trás amanhã que a Vó Bé acaba....

Só falta um dia e tal...

...para ir ver e ouvir aqui o "anjinho", ficar com as lágrimas nos olhos (...é que eu sou muito chorona!...) e sentar-me lá no chão, com a minha amiga Suzy que vai lá estar, a esgalhar um dos hippies.

Qual a sua opinião sobre a pirataria na Somália?

Que são uns filhos da puta, perigosos e que põem em risco a segurança da circulação de bens e pessoas naquelas águas, certo?
Pois, eu também pensava assim...até ver este video.

http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a#.Tg0Fnh8vaa0.facebook

Gaste 20 minutos do seu tempo e descubra, como eu, quem são os verdadeiros filhos da puta.

Eu já sabia que o Homem é o animal mais perigoso do planeta mas, por vezes, estretidos e entediados com os "problemazinhos de merda" do nosso dia-a-dia (como esta crise, por exemplo, e o corte de 50% do subsidio de natal) temos tendência a esquecer que nascemos e vivemos nestas democracias de fachada, defensoras da liberdade e dos direitos humanos, consumistas e indiferentes, enquanto outros lutam diariamente para comer e para que os seus filhos respirem no dia seguinte.
Curiosamente, somos nós, os civilizados defensores da liberdade e dos direitos humanos que lhes roubamos o pão e lhes cagamos em cima. Eu sei quem são os verdadeiros piratas...

Como eu costumo dizer: "O nascer é um calhar", ninguém escolhe onde nasce, ou no seio de que familia e é este o momento que determina a nossa vida para sempre. Cada um de nós é o resultado do contexto que nos rodeia deste o 1º dia das nossas vidas.

Se algum dia voltar a nascer...venho a fazer figas.